domingo, 8 de dezembro de 2019

A Vivência da Língua

Ter um bom domínio de uma língua estrangeira se tornou cada vez mais capital nos novos tempos. Com isso em mente, enveredei no curso de Letras com Inglês para poder fazer minha vida suprindo essa crescente necessidade das pessoas. Durante meu aprendizado, percebi diversas situações interessantes, como por exemplo, que pessoas que trabalham em áreas que exigem bastante uso de termos da Língua Estrangeira não têm necessariamente proficiência no uso da Língua mesmo sendo profissionais capazes, e que há algumas outras, que mesmo sem frequentarem regulamente qualquer tipo de curso ou tutoria, tem habilidade bastante razoável, e bom conhecimento dos termos e frases ligados àquilo que as interessam; música, uma celebridade, um campo específico da ciência, etc...

Essas pessoas atingiram tal capacidade através da construção de vivencias na Língua, geralmente tendo a mesma como um objetivo bastante secundário; queriam aprender/absorver conteúdos no qual tinham interesse maior, e acabaram atingindo, por extensão, senão capacidade efetiva, ao menos duas coisas muito importantes; conhecimento e fluência na Língua desejada.

Esse modo de aprender, mesmo possuindo suas falhas e não podendo de forma alguma substituir um curso regular com currículo reconhecido, possui características que podem ser emuladas para garantir um aprendizado extraclasse muito mais proveitoso. Medidas muito simples, e que não roubam o tempo de outras atividades já programadas, como por exemplo, ver filmes na Língua-alvo com legendas na Língua Nativa (e posteriormente, com legendas também na Língua-alvo) e jogar videogames em Língua estrangeira sem pular (todas) as cutscenes e diálogos.

Em pesquisas escolares ou pessoais, quando em wikis e outros sites de conferência, ao se pesquisar um assunto qualquer, é sempre bom conferir os artigos nas suas versões na Língua Nativa e na Língua-alvo, caso existam; mesmo as grandes divergências habitualmente existentes entre as mesmas são fonte de um valioso aprendizado, inclusive nas habilidades de escrita em ambas as línguas.

Além disso, tanto os sebos como as bibliotecas possuem livros em tamanho pequeno, cobrindo todas as áreas de interesse, e por um investimento um pouco maior, existem pocketbooks de qualidade produzidos por variadas editoras, com versões resumidas de todo tipo de obras existentes, dos clássicos da literatura aos filmes de sucesso recente, para todos os níveis de leitura. O uso constante dessas medidas, que não exigem mais esforço do que alguma atenção, permite adquirir um bom vocabulário e intimidade com a Língua (ou Línguas) desejada, enriquecendo ainda mais a participação do aluno nas aulas e cursos que frequenta.''

Dicas CFSD- 4, 5, 6

O quarto segredo é tornar a Constituição e os Manuais de Direito Administrativo sua segunda Bíblia, caso você seja cristão.

Do mesmo jeito que um cristão lê partes da Bíblia que acredite que tenham a ver com algo que esteja passando nesse momento, deve-se ler a Constituição, os Manuais de Direito Administrativo, e se possível, o Estatuto da PM, toda vez que tivermos dúvida sobre algo em nossa vida, pensando em como essas normas nos afetariam se já fossemos militares. Assim, através da fantasia, talvez seja possível alcançar o que se deseja na realidade.

Em relação à parte específica de Língua Estrangeira:


O caminho é realizar uma imersão na língua, como indicado neste artigo de minha autoria, de alguns anos atrás:

https://espacodonick.blogspot.com/2019/12/a-vivencia-da-lingua.html

Dessa forma, será possível atingir proficiência na Língua Alvo para poder vencer as etapas relacionadas a mesma.

A Redação:

É necessário exercitar a habilidade de argumentação desde sempre. A nossa dica anterior, de realizar o ENEM sempre que possível, também ajuda a nos aprimorarmos nas técnicas de redação, pois a cada nova prova tendemos a fazer uma redação melhor que nas anteriores. Ler pelo menos quatro livros por ano- ou seja, um a cada três meses- também ajuda a nos aprimorarmos no estilo, gramática e coesão textual. Eu, especificamente, treinava minhas habilidades de escrita escrevendo textos em blogs e participando de debates na Internet, além dos meus trabalhos regulares para a faculdade. Esse treinamento me permitiu atingir um nível razoável na Redação- me permitindo acesso a variadas conquistas que fizeram bastante diferença em minha vida. Então, basicamente, o segredo da boa Redação é estar lendo e escrevendo sempre que possível, além de estudar a ortografia e a sintaxe.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Dicas CFSD- Dica no. 3

O terceiro segredo é fazer pelo menos dois processos seletivos por ano, sejam eles vestibulares, entrevistas de empregos em empresas privadas, concursos públicos ou competições intelectuais, como concursos de redação.

Quando se faz muitas provas de concursos, sejam de empregos, sejam de vestibulares ou competições intelectuais, se aprende bastante com os erros. Por mais diferentes que sejam as bancas e os tipos de assuntos cobrados em cada concurso que se participe, se aprende como responder provas de forma inteligente.

Dizem que o leopardo erra cerca de 60% das vezes antes de capturar um presa- e o mesmo pode-se dizer dos processos feitos até passar na vaga certa. Em cerca de 98% das vezes, você irá falhar, ou, pior ainda, acertar e ir para um emprego que não é o trabalho de seus sonhos- mas aqueles 2% em que você acerta serão os certames que farão diferença na sua vida.

Até passar no concurso de bombeiros, e no emprego municipal que exerci antes disso, eu fazia pelo menos duas provas de concursos públicos por ano- desde que eu tinha 18 anos, a idade mínima para se assumir uma vaga. Ou seja, até os 27 anos, idade que ingressei nos Bombeiros, fiz cerca de 18 concursos anteriormente- sem contar os processos seletivos privados, de estágio, vestibulares e outras seleções das quais participei. De todas essas provas, especificamente duas me deram independência financeira em relação aos meus pais.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Dicas CFSD 2019. Dicas 1 e 2


A 1ª parte é a escolha da cidade em que vai realizar a formação.

Aqui, é necessário pesar benefícios e malefícios. Cidades como Salvador e Feira são atraentes por terem vários serviços, uma vida cultural agitada, e maior proximidade com o centro do poder administrativo.

Porém, exatamente por isso, são as cidades com maior número de concorrentes por vaga.

Pessoalmente, eu escolhi uma cidade do interior não tão valorizada, ainda que ela não tivesse tantos atrativos óbvios nem fosse muito perto de minha família e amigos-mas que tinha uma boa quantidade de vagas, e o mais importante, menos concorrentes que os centros mais badalados.

Assim, é necessário pesar os fatores antes de escolher a cidade: se você deseja ter mais chances de passar no concurso, ou se deseja uma cidade conhecida e com mais atrativos.

A parte 2 é a parte escrita, a prova em si.

A parte 2 tem duas divisões:

Objetiva (a prova de marcar) e Discursiva (a Redação).

O segredo da parte objetiva é conseguir as provas anteriores do CFSD, tão mais recentes quanto possíveis, e fazê-las em casa, para testar como andam seus conhecimentos.

Eu fiz a prova dos Bombeiros na qual passei estudando provas anteriores da PM, visto que era o primeiro concurso dos Bombeiros separado da Corporação geradora . Boa parte do conhecimento que absorvi realizando essas provas em casa foi útil na prova dos Bombeiros.

Outra maneira de conseguir conhecimentos para a prova da PM e do CBMBA, é fazer o ENEM sempre que possível, pelo menos uma vez a cada dois anos, pois muitos conhecimentos cobrados no ENEM também caem na maior parte das provas da PM/CBMBA.

A Arte na vida

Para mim, a Arte como vista –hoje, está sendo sobrevalorizada. Poucas pessoas tem acesso á Arte, como parte integral de seu cotidiano. O que ocorre com os artistas é que eles não são parte da chamada população ''normal'', mas sim seres que tentam se desvencilhar da vivencia social, encarecendo seu trabalho perante os não-artistas.

Eu, como escritor nas horas vagas, noto este fato. Mesmo que tenha começado a escrever meu livro, recebo conselhos das pessoas, dizendo que devo ter cuidado com o que faço, pois entre os autores brasileiros, apenas Jorge Amado e Paulo Coelho puderam dizer que que viveram do que fizeram; logo, devo tentar ser um Jorge Coelho, se quiser ter o mínimo de sucesso.

O que noto, também, é que pelo fato de ninguém levar os artistas a sério, em muitos casos com razão, eles exageram a importância social de seu trabalho, ao mesmo tempo que separam do resto dos afazeres humanos; também desclassificam o que chamam de arte industrial( pagode, axé, etc...), como sendo mero produto mercadológico, e principal inimiga de suas produções, quando na verdade é o pressuposto do alto que preço que suas obras atingem, e é guiada pelos mesmos grupos que os patrocinam. Clama-se há muito tempo a ''decadência'' e a ''pós-decadência'', fazendo-se aparecer de tempos em tempos cavaleiros das letras/pincéis/palcos que prometem salvar o dia.

sábado, 22 de junho de 2019

Cordel a Jaguatirica e a Onça- Teaser

Parte do texto de um cordel que lançarei daqui a algum tempo, quando tiver os recursos para tal. 

Ilustração: Tsukijinja.

A Jaguatirica e a Onça
Por serem primos de raça
De vez em quando saíam
Para pegar uma caça
Para zoar com o primo
A Onça começou a pirraça:

João Tirica rapaz
Voce é mesmo o cara
Pra pegar coisa pequena
Eu num dia pego dez capivaras
Mas mico igual a ti não apanho
Pois meu peso quebra as varas

Onça Armando assim fez o ‘’elogio’’
João entendeu a safadagem
Porém se fez de abestado
Por gostar de molecagem
Já tinha o seu preparado
Pra se vingar dessas bobagens

A Armando ele respondeu
Que era melhor em tudo
E pra garantir ele apostava
O outro se fez de surdo
Achando que e ele era doido
De se medir com o bonzudo
Pra não passar por medroso
Aceitou a aposta absurda
Quem ganhasse era o bom
O outro cão de rua
E quem perdesse dos dois
Que fosse tomar... suco de uva

Os termos diziam
Que ao fim de dez semanas
Seria o caçador mais bacana
Quem trouxesse mais carne fresca
Pra medir com um pé de cana

Jogaram uma moedinha
Pra ver quem ia primeiro
Ganhou o Onça
Apesar de João ser trapaceiro
Armando comemorou

E se saiu ligeiro

(...)

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Conto: Os Pombos

Parte do meu livro ainda em processo de edição, Cinzacombolinhasbrancas e outras fábulas empreendedoras. Ilustração por Cecília Reis.

O tanque de água da praça era o ponto de encontro de todos os pássaros. Ali se encontravam os cucos, os tordos, as cotovias, os beija-flores após suas horas de trabalho, e mais importante, os numerosos e vicejantes pombos. Os pombos viviam competindo entre si para saber quem tinha o melhor arrulho (aquele som que se pode ouvir os pombos fazendo quando se chega perto deles: ‘’rut rut rut’’) da vila. Eles estavam com muita vontade de enviar um time para participar da Competição de Arrulho do Distrito. No time local, havia dois primos, Tinho e Zinho. Tinho, o mais velho, estava sempre discorrendo sobre seu elevado conhecimento da arte de arrulhar, tendo viajado por várias cidades ao redor do mundo (o mundo até a fronteira do próximo distrito, do outro lado do rio), conhecendo pombos de todos os lugares e seus arrulhos típicos, com seus dialetos e sotaques. Tinha também aprendido Teoria Arrulhal com um velho pombo aposentado que já tinha parado de arrulhar competitivamente.

-Primo, - dizia Tinho a Zinho uma vez ou outra, - seu arrulho é bastante bom para uma técnica tão simples e instintiva como a que você possui até o momento. Você aprendeu ouvindo o arrulho de outros colegas e compassando-o pelas gotas de água que ficam caindo do tanque para o chão. Para seu nível, isso é de fato excepcional, mas você nunca entenderá a verdadeira arte e ciência do arrulho em seu profundo significado cósmico e desdobramentos holísticos, visto que nunca a estudou do jeito que deveria ter sido verdadeiramente estudada. Eu, por minha vez, possuo o pequeno defeito de nunca ter sido um arrulhador prático devido à grande concentração necessária para ser um afinado conhecedor do assunto. Mas algo eu garanto: comigo como treinador inquestionável do nosso time, aliando minha cultivada capacidade crítica ao seu florescente talento atávico, e o carisma que você projeta sobre o resto do time, penso que podemos prevalecer sobre adversários com muito mais tradição, e, sem dúvida, voltaremos como o melhor time de arrulho e treinador de todo o distrito e quiçá do Estado.

-Que assim seja primo. - respondia, pacientemente, Zinho.

Quando o dia da grande competição se aproximou, o time e seu confiante treinador se prepararam para voar para a cidade-sede, aonde chegariam bem a tempo de a competição começar. Antes de saírem, Tinho recomendou:

-Pessoal, vamos voar e ficar juntos. Uma vez, tio Ninho estava nas ruas da capital, meditando sozinho a sua obra-prima que poderia garantir a primeira vitória de nossa vila na competição, mas um gato pulou sobre ele a partir de uma direção não prevista, e sumiu rapidamente com seu corpo para nunca mais ser visto. Vamos vencer, para honrar a emérita história de nossa municipalíssima vila, e a saudosa memória de nosso grande tio Ninho, querido irmão de alguns de nossos pais e filho de nossos amados avós, e além do mais nosso parente próximo!-

Os outros membros de time e os frequentadores do tanque deram vivas e o time partiu, voltando após alguns dias. Traziam alegremente uma Menção Honrosa, o primeiro prêmio efetivamente ganho pela vila. Os dois primos, porém, voltaram muito diferentes: enquanto Zinho estava falador e faceiro, sempre disposto a conversar com os que vinham lhe felicitar pela vitória, Tinho aparentava estar chateado e envergonhado, sem querer falar com ninguém. Zinho dizia para quem quisesse ouvir, que sem Tinho eles não teriam tido a performance que tiveram, enquanto andava orgulhosamente com a Menção Honrosa no peito, acompanhado pelo resto do time. Tinho evitava fazer o mesmo, e chegou até a censurar o primo uma vez, de forma discreta, mas veemente, por ser muito orgulhoso. Passada a surpresa inicial com o prêmio, todos ficaram ainda mais curiosos com a mudança de Tinho, e começaram a questionar Zinho sobre o que de fato aconteceu na capital, visto que Tinho respondia a todas as perguntas com evasivas. Os outros pássaros confiaram a um beija-flor com o qual Zinho treinava voo estático, a tarefa de fazê-lo revelar mais detalhes. Após uma das aulas, Zinho, cansado de esconder o que não lhe parecia um grande segredo, acabou contando:

-Em todos os times tivemos de fazer nossos arrulhos individualmente, um após o outro, depois de uma pequena dissertação de cada treinador sobre as peças de arrulho selecionadas para seus competidores. Os outros treinadores fizeram apresentações curtas e concisas, que todas juntas não deram o tempo de meia peça de arrulho. Primo Tinho, porém, sobrerrepresentou todos eles. Fez uma grandiosa apresentação, demonstrando o talento natural de nosso time comparado a artificiosidade dos outros, e falou sobre como seu duro trabalho intelectual aprimorou o atavismo de nossas performances como indivíduos e como grupo, em arrulhos perfeitos executados da maneira mais primorosa e correta. Após isso, dentro do tempo que tinha sobrado após o discurso de primo Tinho, nós executamos o toque de chamada de nossas peças, e aguardamos a pontuação dos juízes. Chegamos a ouvi-los falar entre si sobre conhecerem Tinho das antigas viagens que ele fez as vilas e cidades deles, e depois, por alguma razão, fazerem todos expressões de aborrecimento que nos amedrontaram. Chegamos até mesmo a achar que seriamos desclassificados ou punidos de alguma forma. Porém no final, quando os vencedores dos três primeiros lugares receberam suas medalhas, os juízes fizeram uma declaração nos concedendo unanimemente a Menção Honrosa por termos conseguido apresentar ao menos nossos toques de chamada tendo primo Tinho como treinador. -

Após a explicação de Zinho, Tinho foi tão ridicularizado na própria vila, após já ter sido humilhado na competição, que voou para longe, seguindo uma esquadrilha de gansos que estava migrando para o Norte. Após algumas gerações, aprimorando os métodos de Ninho e Zinho, o time da vila eventualmente chegou a ganhar um 4º lugar, e passou a conseguir se manter regularmente na segunda divisão. Mas aquilo que todos mais se lembravam, com saudade, foi de quando conseguiram um prêmio que não foi dado nem aos melhores times, graças tão somente a reputação de seu treinador.

Redação CBMBA- Tecnologia

A tecnologia pode dar suporte a Segurança Pública numa questão bastante óbvia: diminuir a quantidade de pessoal administrativo e permitir co...