Parte do texto de um cordel que lançarei daqui a algum tempo, quando tiver os recursos para tal.
Ilustração: Tsukijinja.
Por serem primos de raça
De vez em quando saíam
Para pegar uma caça
Para zoar com o primo
A Onça começou a pirraça:
João Tirica rapaz
Voce é mesmo o cara
Pra pegar coisa pequena
Eu num dia pego dez capivaras
Mas mico igual a ti não apanho
Pois meu peso quebra as varas
Onça Armando assim fez o ‘’elogio’’
João entendeu a safadagem
Porém se fez de abestado
Por gostar de molecagem
Já tinha o seu preparado
Pra se vingar dessas bobagens
A Armando ele respondeu
Que era melhor em tudo
E pra garantir ele apostava
O outro se fez de surdo
Achando que e ele era doido
De se medir com o bonzudo
Pra não passar por medroso
Aceitou a aposta absurda
Quem ganhasse era o bom
O outro cão de rua
E quem perdesse dos dois
Que fosse tomar... suco de uva
Os termos diziam
Que ao fim de dez semanas
Seria o caçador mais bacana
Quem trouxesse mais carne fresca
Pra medir com um pé de cana
Jogaram uma moedinha
Pra ver quem ia primeiro
Ganhou o Onça
Apesar de João ser trapaceiro
Armando comemorou
E se saiu ligeiro
(...)
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