domingo, 20 de abril de 2025

Debate - Sobre Cultura e Sociedade

E: Os professores já estão agendando reuniões pra entrar de greve em 2026

F:Quem diria, a classe que mais ama o PT e suas políticas, o Brasil está estranho

E: eu acho que se o PT for as eleições como sei que vai, alguma coisa eles tem em planos, vamos aguardar

P: Nos fazemos greves quando há necessidade, greve não é brincadeira....Amar não é bem a palavra, o PT pelo menos nos deixa fazer greve neh, a Direita proíbe.

N: Quando eu critiquei Gil e Caetano por terem vida fácil enquanto os outros artistas sofrem, quase fui crucificado num grupo.

P: Quando fechou?

F:Me diz, Bolsonaro atrapalhou a vida de vcs?

N: Sim.

F:Quem concorda com benesses para artistas já milionários não é normal

N: Eu não concordo. Faz falta pra mim. Eu tenho de pagar de meu bolso cada livro que participo.

 P:Uma portaria que autoriza corte salário  de professores se fizer greve é o que ? Ajuda?

 F:Quais ações que dependeram diretamente do gov federal interferiu negativamente em vcs?

N: Vacinas, contenção ao COVID, minha casa própria.

 F:Eu acho absurdo artistas milionários recebendo incentivos Vcs fazem ideia do patrimônio dos artistas do alto escalão da Globo ? Chutem

 P:E quando foi? A greve só existe porque o governo não quer respeitar os direitos de uma classe e não aceita negociar.

F:Não tiveram ações do governo em atrapalhar isso não. Falas é uma coisa. Ações ou medidas são outras

P:As universidades federais quase fecharam com ele. E as 700 mil vidas, cuja 400 mil poderiam ser evitadas?

N: Inação, negligência, obstrução, incompetência.

F:Ações ou falas? Mas o ministério da saúde não teve autonomia?

F:Tudo, tudo é levado pra lado político

 N: O problema pra mim é que eu acho menos pior Margareth Menezes que Mario Frias. Margareth favorece Gil e Caetano, mas distribui o dinheiro com mais gente. Mario Frias foi colocado lá pra terminar de destruir o ministério

 F:Mas tu acha legal artistas milionários que inclusive levam dinheiro para os EUA justo?

 N: Eu sou da cultura. Ver Mario Frias, Sérgio Camargo e Damares acabando com a cultura me machucava pessoalmente. Perseguindo os funcionários, fechando projetos, impondo amarras ideológicas

P:Mas pros militares as verbas bombaram, contraditório, não?

 F:Amarras ideológicas? Não foi pq existia uma imposição de um viés e eles quiseram de outro?

F:Sim. Seria bem contraditório.

Aí temos que ver de fato os números para confrontar

N: Prós baba ovos do governo sim.

F:Vc confrontou os números oficiais?

N: Foi registrado em casos de corrupção investigados.

 P:Números oficiais? Aqueles das listas  dos 15 milhões em leite condensando entre outras coisas, realmente não bate.

 F:Chegaram a ter julgamento e condenação?

N: Já existiam casos de corrupção envolvendo o POUPEX, e sob Bolsonaro cresceram vertiginosamente.

 F:Não cheguei a ver esses

 F:Entendi, eu lembro desse caso e do Viagra tbm. Eles explicaram né, mas, tem que ver se teve investigação e julgamento

 F:Pq acusações sempre fazem uns contra os outros

N: A questão pra mim é que Gil e Caetano são concorrentes. Damares e Mario Frias inimigos. Eu não vou abraçar o inimigo pra derrotar o concorrente.

 F:Gente, se não tivesse pandemia eu até entenderia a revolta

F:Não faz sentido apoiar artistas multimilionários.

 P:Depende, apoiar em que ?

 F:Eu digo no sentido de abrirmos a mente e enxergarmos além das notícias. Com incentivos e verbas. Além do mais eles levam recursos para o exterior. E compram casas de milhões nos EUA, não acho coerente. Não sou massa de manobra para apoiar esses absurdos

 N: Do que adianta eu atacar Gil e Caetano enquanto Gustavo Lima e Descer pra BC também me atrapalham? Ainda pega mal pra mim atacar "veteranos da luta pelas Diretas". Coisa que Gustavo Lima e Descer pra BC não fizeram.

 P:Mas no governo Bolsonaro teve pagamento milionários a shows de cantores sertanejos, não era nem captação de verbas, pix direto mesmo.

 F:Os jovens de comunidade precisam desse apoio. Todos estão errados de receber incentivos sem controle

 P:Os cantores sertanejos deviam bilhões de impostos no governo do capitão, isso não é apoio a artistas milionários?

F:Deveria o MP ter acionado esses casos, não temos justiça pra quê? É sim. Estão erradíssimos

P:Os impostos sonegados, ficou por isso mesmo.

 F:Mas colega, Globo tbm teve perdão, pelo STF

 F:Infelizmente colegas, se ficarmos apenas no debate político, continuamos todos sendo massa de manobra

 F:Devemos olhar mais global

 F:Mais por cima do debate enviesado

 P:Vi um projeto da Claudia Raia sendo criticado, captação de 5 milhões, sinceramente não achei errado, o projeto dela era, aulas de teatros pra alunos de cursos públicos. Sempre que vejo, "Fulano captou 5 milhões ", é bom perguntar pra que.

 P:Uai, mas se vamos criticar apoio artistas, vamos criticar todos neh

 F: Tu acha que ela não ficará com um bom montante desse dinheiro? Tu acha que como ela vai se manter no Leblon? Eu sou do Rio, atuo em área ligada ao mercado de alto padrão de imóveis. Tu tem ideia de como são os imóveis no Leblon? Cadê a justiça social? Vamos levar a sério?

P: Cara, com o tanto de novela que essa mulher fez, 5 milhões é dinheiro de balas, casada com um diretor, se atualiza moço.

 F: Eu não concordo em sustentar milionários com dinheiro público. Eles são multimilionários e enviam recursos para os EUA. Sério então que vc pensa assim? Passa tanto pano dessa forma? rsss

 P:Acredite cara, ninguém precisa sustentar Claudia Raia não.

 F:Sério?

 F:Acho que vc não está dentro da realidade do estilo de vida dessa galera não colega

 P:Não estou passando pano, mas prefiro milhões pra aulas pra futuros atores do que 2 horas de "eu vou pegar você e tchan".

 F:Acho que vc não sabe nem o valor do metro quadrado no Leblon rssss Que futuro atores? Eu quero projetos culturais para pessoas que de fato precisam. Ou eles não merecem prioridade? Se vc tivesse que priorizar, dados recursos escassos? Cara, você tem ideia do cachê de uma mulher dessa? Ou vc acha que temos recursos infinitos?? E alunos de teatro de cursos públicos não precisam?

 P:Pra Cláudia Raia é pouco sim.

 F:Cursos públicos sim, são merecedores, mas vc não acha que existe outras centenas de projetos? Pq dela? E vai procurar transparência nessa motivação aí ....Mas enfim.... Se vcs não se incomodam em enriquecer quem já é multimilionários rs

 P:Conheci atores de teatros de uma cidade que vivi, esses atores não sabem se vão comer, nem todos vão pra Globo.

 F:Aí por ser pouco, vc acha legal? E eles não deveriam ser prioridades colega?

 P:Bem, se eu fosse um futuro ator iria gostar de umas aulas com ela, Glória Pires, Fernanda Torres, eles são mestres neh...Mas o projeto que citei era pra cursos pra ele criatura

 F:Claro, mas existem escolas de teatro e bons atores pelo Brasil, estas não conseguiriam ter um público tão grande assim....5 milhões colega. Acho que as pessoas têm dificuldades de fazer conta.....

 P:Sim, cara 5 milhões. 5 horas de show do Gustavo Lima.

 F:Tá bom, se vãs não se incomodam rs, que sou eu? Mas eu me incomodo de o dinheiro do povo ser direcionado pra essa finalidade. Não é democrático. Simples. E eles tiram seu cache desse valor... Mas.. segue o baile....Vc sabe que boa parte desses valores são prefeituras e patrocinadores né? E estão errados tbm...Eu não concordo em pagar 700 mil pra um show na praia não... É o famoso pão e circo

 P:A Cláudia iria cobrar aulas pra várias cursos, dezenas de futuros atores e ganhar o que Gustavo Lima ganha em 5 horas.

 F:Ela ia ganhar menos que ele... No caso de um show desses artistas, são vários profissionais envolvidos, dezenas.... Enfim, não concordo.

 P:Você se incomodou quando soube que uma prefeitura pobre iria pagar um show de 1 milhão pro embaixador?

F:Óbvio! Acho absurdo! Eu sou imparcial

 P:Você já procurou saber quanto sua prefeitura paga em shows de cantores sertanejos nas festas da cidade?

 F:Já sim, nunca passei pano... Zeca Pagodinho aqui no Rio ganha 700 pro show.... Claro que ele paga o staff, mas mesmo assim. Tudo na vida é questão de prioridade. Não tem recursos infinitos... Vai faltar para setores

 P:Ah claro, e Cláudia não tem equipe, não tem figurino, figuração, tudo de graça.

F:Tem também...Como falei, todos estão errados e verba deveriam ir para projetos mais comunitários...Recursos não são infinitos. E me parece que muitos não tem essa percepção lógica. E quem vai pagar a conta depois? O próprio cidadão através de impostos.....Mas parece que muitos não enxergam o óbvio

 P:Não achei o dela errado, o projeto dela tava dentro da lei, nosso cinema precisa se qualificar mais, nossos atores. Nossos atores atuais, até da Globo, estão com encenação pobríssima

 F:Arte de resume a globo? A arte e cultura se resume a isso? Sinto falta de projetos onde principalmente as crianças mais carentes tenham acesso a arte diferente ...Música clássica, pintura, escultura, entende? Até pq, novelas e Globo já não fazem mais parte das novas gerações. Vamos renovar pessoal. Evoluir

 P:Mas se entra MPB os bolsonaristas criticam

 P:O povo prefere pagar um show de Gustavo Lima a um do Caetano.

P:E ainda se dizem conservadores com aquelas músicas nojentas.

F:Pq Gustavo Lima não se envolvia em críticas a Lula. Já os outros se posicionam, e são hipócritas

 F:Faz sentido?

 P:Tá bem melhor

N: Man...É que honestamente...A crítica a elite liberal.... Esbarra na mesma coisa que lhe falei...Querer me botar pra brigar com meu concorrente pra favorecer meu inimigo...Eu não gosto da elite liberal, ou da elite acadêmico-sindical que domina nossa esquerda...Mas eles são mais meus concorrentes do que meus inimigo...Eu não tenho o que ganhar brigando com o cara de boina de Che Guevara para fortalecer o cara com o boné vermelho do Trump.

F:Che Guevara só desgraça né

N: O cara do Che Guevara apoia wokismos que eu acho uma piada, o do Trump coisas que podem realmente me ferrar. Então eu simplesmente não ataco um para favorecer o outro.

F:Pq Trump pode te ferrar?

N: Porque ele é a favor do Brasil pobre e subordinado. Trump, Bukele, Bolsonaro são só retrocesso.

F: Bukele é tragédia?  Mas Cuba não viveu uma ditadura interna com a revolução de Che? Gente, erros vão existir, certo? Tentar promover uma sociedade mais segura é tragédia? Do jeito que está, vcs acham que está bom?

P: Erros?  Me  pareceu coisa de ditador.

N: Man, por pior que a situação fosse, ele transformou o país num campo de concentração.

F:Mas Cuba insistiu em se afastar dos EUA, se o Brasil tivesse feito o mesmo, vc acharia legal morar um país como Cuba?

N: Eu não. Eu pessoalmente acho Cuba uma piada. Mas dá pra fazer nosso caminho aos poucos. Sem radicalismos de esquerda ou direita. Frequentar direitinho as reuniões do G20 e do BRICS. Fazer o dever de casa. Em pouco tempo a gente vira um país respeitável.

sábado, 19 de abril de 2025

Entrevista- Grupo Escritores Coletivos

 

PR: Nicolas é um dos adms do grupo. Vou fazer perguntas que ele irá responder. Nicolas,  o que é plágio?

Nicolas: Plágio é o que chamam de copiar ideias de outros sem dar o devido crédito, se apresentando como se seu inventor fosse.

PR: É muito comum isso acontecer no mundo literário?

N: Eu sinceramente não sei. Não acompanho a cena o suficiente para saber o quanto ocorre.

PR: Muitas vezes o escritor tem uma ideia de que é de uma obra e ele pode parafrasear como também usar as próprias palavras do autor próprio.

Nicolas: Isso é inspiração, algo que pode ser diferente.

PR: Exato, entra em um processo de intertextualidade.

Nicolas: Em textos acadêmicos, é possível consultar os repositórios públicos e privados para saber se não está reinventando a roda.

PR: Muito interessante isso. A falta de consulta pode ser prejudicial para o escritor.

Nicolas: Meu livro em processo de lançamento se inspira ao mesmo tempo na Epopeia de Gilgamesh, Enders Game, Círculo de Fogo e Tropas Estelares, além de Robocop e Capitão América. Eu tirei variados elementos de cada obra, sabendo colocar meu diferencial para que não ficasse simplesmente uma colagem.

PR: Como eu digo para meus alunos: NÃO EXISTE TEXTO PURO. Eu sempre aconselho o uso do parafraseamento para evitar tal situação. Isso se chama parafrasear ou recursos estilísticos também.

Nicolas: Sim.

PR: Você acredita que a leitura foi o caminho para o uso dessas obras?

Nicolas: São obras com as quais eu cresci, especialmente Círculo de Fogo e Tropas Estelares.

PR: O que mais te chamou a atenção nessas obras?

Nicolas: São obras que versam sobre a construção do herói e do inimigo, especificamente.

PR: É interessante abordagem desse assunto, porque não existe um bom herói sem um excelente vilão. O primeiro passo de um grande escritor é a construção do protagonista e do antagonista. São caminhos que levam  para a Índia .Dessas obras que você mencionou, quais você se inspirou para produzir o ambiente da sua futura obra?

Nicolas: As inspirações foram variadas.

PR: Você é mais um cenário futurístico ou um cenário após apocalíptico?

Nicolas: O cenário desta era futurístico, um futuro meio falho, tomado por burocracia e desconfianças ideológicas. Eu usei como inspiração o livro de Oliveira Viana, o Ocaso do Império, que falava do Brasil pouco depois da Guerra do Paraguai até a deposição do Imperador.

PR: É um cenário que vai render assunto e muito escrita.

Nicolas: Já está escrito, estou revisando com meus editores.

PR: Interessante.

PR: Como você faz para descobrir se você não está sendo plagiado?

Nicolas: Eu não ligo muito. Registrei a obra previamente.

PR: Você aconselha algum site de confiança para fazer o registro?

Nicolas: Biblioteca Nacional. Através do Gov.BR. 40 reais cada registro de obras. Para economizar, você pode registrar várias obras menores numa antologia ou compêndio

PR: Interessante essas informações. Eu acredito que vai ajudar muito os escritores que estão começando. Eu tenho uma obra lançada voltada para a área teórica da leitura. Eu estou fazendo meu segundo livro em uma história baseada totalmente no período bíblico. Eu quebrei muito a cabeça para lançar um livro e sofri vários perrengues na elaboração de uma antologia. São lições que a gente carrega e aprende com elas.

Nicolas: Eu gosto de evitar essas burocracias e me concentrar em escrever.

PR: Quando a gente é novo escritor a gente tem que ser tudo ao mesmo tempo.

PR: Nicolas, quanto tempo levou para sua obra ficar pronta? Tirando a burocracia...

Nicolas: 10 anos. 9 anos procrastinando e anunciando que ia começar, e um ano fazendo.

PR: Então é A OBRA.

Nicolas: Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

PR: No meu primeiro livro procrastinei por dois anos. O que é engraçado, é quando a obra começa a ser feita e o seu protagonista começa a fazer parte da sua vida também. Só de nome de protagonista eu já troquei umas três vezes.

Nicolas: Minha obra melhorou muito da ideia inicial até o fim. Antes era uma tentativa ruim de reproduzir 1984 no espaço. Depois que eu ganhei mais experiência virou algo mais fluido. Eu realmente consegui seguir Gilgamesh e Oliveira Viana no que estava fazendo

PR: Qual é o mais difícil, o protagonista, o antagonista ou um ambiente que eles vão ficar?

Nicolas: Minha obra tem tudo encaixado. Eu monto uma premissa filosófica e jogo os personagens para comprovarem parte de minha tese. A tese de meu livro é ‘’ O Brasil e o Estados Unidos podem sobreviver num mundo onde compensa cada vez menos ser bom?’’ Vale a pena ser trabalhista ou democrata num mundo cada vez mais fascistizado e autoritário? Meu livro tenta demonstrar que vale.

P: Você usa uma visão sociológica semelhante a do Anthony Giddens. É uma ideia que eu preciso experimentar.

P: Acredito que não. Um cenário que o povo prega uma utopia, mas parece mais um filme de terror. Jogos mortais...

Nicolas: Kkkkkkkkkkkkkkkkk

P: Só vai vencer quem é o mais forte. Vai exigir muito trabalho e solidificação de ideias e a persistência do protagonista.

P: No meio da crueldade, a paz parece resistir em qualquer cenário global.

Nicolas: Huuuum

P: Sempre tem um querendo propagar a paz.

Nicolas: Sim.

P: O que faz esse pingo no meio de outros pingos querer propagar a paz? Eu falo isso dentro de uma obra literária...Na sua  concepção o que o seu antagonista acredita? Meu protagonista é um cara que tem um coração bom mas acha exagero militâncias despropositadas.

P: Já começou bem, trabalhos bons pegam na ferida do ego do ser humano. O artista ele tem essa missão dentro de uma obra literária.

Nicolas: Os antagonistas principais são um general inescrupuloso que acha que tudo se resolve pela força, e uma comissária política que vive de jogo de aparências.

P: Legal abordar esse assunto entre força, ciência, razão.

Nicolas: Vou parar por aqui, pra fazer meu jantar, grande amigo.

P: Tudo bem. Muito obrigado pela sua participação. Ajudou muito o grupo. Eu acredito que essas ideias ajudarão os futuros leitores os leitores atuais a estarem refletindo e aprimorando ainda mais a sua arte de escrever.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Cidadão imperfeito- Nicolas Rosa


Não sinto ódio por Israel, 

Não tenho raiva da IA, 

Não sinto nojo de JK Rowling

Nem torço contra Elon Musk. 

Não idolatro cantores de MPB, 

Nem acadêmicos que cagam regra.

Meu progressismo consiste, 

Em quando muito, 

Votar em mais candidatos 

De centro-esquerda, 

Do que de centro e centro-direita,

Quando vou a cada quatro anos

Nas urnas. 

Me desculpem. 

Estou ocupado demais com planilhas. 

Estou ocupado demais com o Imposto de Renda.

Financiamento. 

Consignados. 

Quando eu era mais jovem, 

Via gente nos fóruns, 

Debatendo por horas seguidas, 

Se Trotsky ou Stálin

seria o melhor líder para a URSS.

Stálin matou milhões. 

Trotsky, quando pôde, 

Matou dezenas de milhares.

Uma picareta na cabeça,

o impediu de ter o próprio GULAG.

E hoje nem tem URSS mais.

Mas continua a ter Imposto de Renda. 

Enquanto eu pago mais um carnê,

Novos jovens vão debater Stálin vs. Trotski.

Debaterão eternamente. 

Odiarão Israel enquanto apoiam Maduro. 

Odiarão Musk usando o Twitter.

Odiarão JK Rowling amando Harry Potter.

Odiarão a IA sendo viciados em redes sociais.

E então, quando tiverem que pagar 

Imposto de Renda, 

IPTU, 

IPVA,

ICMS,

Vão odiar a própria vida.

Mas isso não é problema de ninguém.

Nada é problema de ninguém. 

Quando a gente percebe isso,

É que não odeia mais.

domingo, 23 de março de 2025

Poema- Pluto







Estava juntando informes de rendimento

Para mandar ao Imposto de Renda.

Um monte de números, 

Que não me dizem nada,

Mas que para a Receita, 

Significam que posso ter direito

A receber um pequeno afago

Ou ser punido, 

No final do ano fiscal seguinte.

Minha classe social, 

É aquela sobre a qual,

Incide o maior número de taxas.

Não reclamo. 

Sustentar o Estado,

Ainda é menos pior

Do que receber PIS-PASEP,

Bolsa Família e BPC-LOAS. 

Me mandam que agradeça 

a Deus por isso. 

Mandam quem recebe PIS-PASEP

Agradecer por estar vivo. 

Todo mundo tem que agradecer. 

Pau no cú de quem manda agradecer,

Com todo respeito.

Vá agradecer Satanás lá no Inferno!

São iguais as pessoas que mandam 

A gente ter ''espírito de dono.''

A empresa do patrão,

Que vai ser herdada pelo filho do patrão,

Cujos lucros vão pagar a viagem dele 

Pra Disney ano que vem 

E eu devo cuidar de tudo 

Quando meu filho pede 

pra ir pro Beto Carrero

E meu saldo não dá pra Beach Park,

Turma da Mônica,

Nem pro Playland do shopping da cidade?

Pelo amor de Deus meu amigo. 

Pago meu imposto sim, 

E gosto de poder pagar. 

Mas não me mande agradecer, 

Ou eu lhe mando ir se lascar!

quinta-feira, 20 de março de 2025

Poema- Sirena


 

Sirena 

Nicolas Rosa


Tememos não ser interessantes o suficiente, 

Mas o que é ser interessante?

É ter algo a contar, 

De uma viagem que fez,

De um caso de amor que teve,

De algo que descobriu.

Fazemos poucas viagens,

Temos poucos amores consumados,

Quase tudo já foi descoberto.

Acabamos compartilhando 

Ressacas, 

Futricas,

Ficadas de uma noite,

Desabafos sobre boletos 

Que vieram cobrando em dobro, 

E a frustração que foi

Passar a noite no telemarketing

Pedindo o ressarcimento.

Isso faz parecer a vida das Kardashian interessante.

Faz parecer Trump e Putin interessantes.

Faz parecer o que Leo Dias e Datena mostram, 

Interessante.

Porque qualquer coisa deve ser melhor que isso.

A gente pensa,

Não saímos da caverna, 

Fomos pra Lua, 

Construímos reatores atômicos, 

Para viver como camponeses da Idade do Bronze.

Mas a verdade é que estamos

Fazendo exatamente isso, 

Numa escala um pouco maior.

Morremos de desespero, 

Porque é melhor do que morrer de tédio.

Qual o remédio? 

O de sempre. 

Onanismo. 

Filmes do Adam Sandler. 

Clipes da Galinha Pintadinha tocados mil vezes seguidas.

Partidas de Counter Strike e Battlefield.

Revistas Coquetel Caça-Palavras Bíblico Tamanho Grande.

Terapia.

Vídeos manutenção de motores.

Teologia amadora, podendo inclusive inventar deuses ficticios.

Montar circuitos Arduíno.

Buscar implicações metafísicas na manutenção de motores,

e na montagem de circuitos Arduíno.

E mais um monte de coisas.

Fazendo isso, 

O horror e a languidez não sumirão completamente,

Mas você estará muito ocupado,

Para poder notar a diferença.

terça-feira, 4 de março de 2025

Entrevista- Rui Botelho, editor do Brazilian Space


Rui Botelho é Mestre em Mecatrônica pela Universidade Federal da Bahia e bacharel em Ciência da Computação pela Faculdade Ruy Barbosa (Salvador/BA). Ex-servidor de carreira da Agência Espacial Brasileira (AEB), possui mais de 27 anos de experiência como gestor e agente público em diversos entes Federais e Estaduais e mais de 15 anos como docente e gestor acadêmico do ensino superior, em instituições da Bahia e do Distrito Federal. É professor visitante do Programa das Especializações em Engenharia da Universidade SENAI / CIMATEC (Salvador/BA) e analista de sistemas do quadro próprio da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). Escritor e jornalista, é autor do livro "Agência Espacial Brasileira: Um diagnóstico de Gestão". Tem publicado constantemente em revistas e congressos do setor espacial, além de ser membro-fundador da Aliança das Startups Espaciais Brasileiras (ASB), Editor do Blog e do canal do YouTube do Brazilian Space e ser co-autor do Podcast Espacial Brasileiro (PEB). Eu fiz essa entrevista com quatro perguntas, que tiveram as respostas que seguem abaixo.

Nicolas:

Professor Rui, eu vou te deixar 4 perguntas, para você ir me respondendo, na ordem seguinte:

1. Fale um pouco de sua trajetória e formação. Como começou seu interesse pela ciência, e mais especificamente, pela área espacial?

2. Quais conselhos você daria para um jovem que deseja ingressar no mercado aeroespacial brasileiro e mundial? O que ele deve estudar, quais habilidades deve desenvolver?

3. Ao seu ver, a ficção científica realmente promove o interesse pela ciência, ou acaba criando um interesse pouco profundo, que não vai longe?

4. Fica aqui um espaço livre para você deixar suas ideias, e quaisquer considerações que deseje fazer.

 

Rui:

Bem, falar um pouco da minha história, Nicolas, é história pra caramba, viu? Tô com 53 anos, né? E fiz bastante coisa na minha vida, gostaria de ter feito um pouco mais. Mas fiz muita coisa e deixei de fazer também muita coisa. Então, é complicada essa pergunta, que pode virar um cento... É que lá vem a história, né? Mas bem, eu sou de Salvador, né? Baiano de Salvador. Meus pais são professores. O que eu me lembro, desde muito novo, foi sempre que gostei muito de ler.

Na casa dos meus pais, eu sempre tive acesso – naquela época não tinha internet, né? Então, minha grande fonte de referência eram os livros. Às vezes, lia livros que eram até um pouco mais avançados para a minha idade, principalmente da coleção dos meus avós. Meu avô também lia muito. Lembro que, na minha primeira infância até a adolescência, eu devorava enciclopédias. Adorava enciclopédias! E acho que isso foi muito importante para mim porque me deu cultura geral e uma visão do mundo. As enciclopédias demoravam um pouquinho para serem atualizadas, mas assim...

Eu sempre tive acesso a boas fontes: bibliotecas e tudo mais no meu colégio. Estudei no Colégio Antônio Vieira, colégio tradicional aqui de Salvador. Aliás, meu pai estudou lá, eu estudei lá, meu filho estudou lá, minha irmã estudou lá. Tive uma boa formação. Sempre fui um bom aluno, de pegar assuntos fácil, mas nunca fui muito preocupado com notas. Tirava boas notas, estava sempre ali bem. Mas, principalmente na adolescência, eu meio que estudava só para passar na prova.

Joguei muito vôlei na adolescência e até sair do colégio. As provas eram normalmente aos sábados, e, às vezes, eu estava fazendo a prova e contava quantas questões tinha respondido, quantos pontos achava que ia tirar... Porque ouvia a bola de vôlei, o pessoal jogando na quadra. Não recomendo isso pra ninguém, mas, de certo modo, eu tinha muita confiança, e normalmente dava certo, né?

Em termos de nota. Em termos de conteúdo, nunca tive dificuldades. Sempre gostei de estudar por estudar, não para tirar nota. Nunca fui de decorar fórmulas; sempre deduzia do lado da prova, pegava as fórmulas básicas, os conceitos, e deduzia. Nunca fui de decoreba, apesar de ter boa memória, mas nunca gastei energia decorando fórmulas.

Terminei o colégio e não passei de primeira no vestibular porque só queria Ciência da Computação – que é minha formação. Essa trajetória de buscar o curso demorou um pouco: terminei o segundo grau (na época era "segundo grau"), não passei no vestibular e fui fazer cursinho. Depois, passei em tudo que quis, menos em Computação. Passei em Engenharia Mecânica, cursei Engenharia Mecânica.

Já casado com a mãe do meu filho, estudei com ela para o vestibular de Contabilidade, passei, cursei dois anos. Mas, quando passava no vestibular, já trabalhava – casei muito novo –, então não passava para Computação. Passava para Engenharia, mas não para Computação. Aqui na Bahia eram cursos com poucas vagas. Finalmente, servi o Exército de 1991 a 2000 como oficial temporário.

Nesse período, não consegui terminar a graduação porque na federal as aulas eram o dia todo. Tentei cursos noturnos, mas no final consegui passar no vestibular da Faculdade Rui Barbosa, aqui de Salvador, que tinha Ciência da Computação à noite. Foi lá que me formei. Dei baixa do Exército em 2000 e, em 2004, terminei a graduação.

Fiz um bom curso, tive ótimos professores. Depois, fui fazer mestrado em Mecatrônica, já que não havia mestrado em Computação na Bahia. Entre na UFBA como aluno especial, pois já trabalhava e era pai – fui pai aos 22/23 anos, em 1994. Casei muito novo, como já disse.

Entrei no mestrado em Mecatrônica em 2004/2005. Já estava envolvido com pesquisa em robótica na faculdade, fui líder do grupo de robótica, participei de congressos nacionais. Cursei disciplinas como aluno especial e só entrei como aluno regular para defender. Isso demorou: por volta de 2010/2011, terminei os créditos e defendi minha dissertação na área de inteligência artificial, agentes autônomos e sistemas multiagentes.

Nesse meio tempo, houve o acidente em Alcântara. Sempre gostei de astronomia – nasci em 1972, não peguei o homem na Lua (o programa Apollo acabou naquele ano), mas acompanhei as estações espaciais Salyut, Skylab, Mir e o ônibus espacial. Lia clássicos de Carl Sagan, Arthur C. Clarke... Mas nunca me imaginei na área espacial. Quando aconteceu o acidente em Alcântara, aquilo me impactou. Logo depois, o DCTA/Força Aérea lançou um concurso para ocupar vagas dos que faleceram. Eu não tinha terminado o mestrado ainda, e a titulação exigia mestrado.

Interessante: também tentei o vestibular da AFA para ser piloto, mas não passei. Talvez, se soubesse da carreira espacional na época, teria seguido. Concluí o mestrado e, de 2000 a 2009, trabalhei em TI em Salvador – banco de dados, desenvolvimento em Delphi. Trabalhei em órgãos do Estado da Bahia, como o Tribunal de Justiça e a Secretaria de Administração. Em 2007, fui convidado para ser professor na faculdade onde me formei, depois lecionei na Católica, Estácio, FIB e hoje sou professor do SENAI CIMATEC.

Em 2010, passei no concurso da EMBASA (empresa de saneamento da Bahia) e segui na carreira de TI. Em 2013/2014, resolvi me preparar para o doutorado. Um ex-professor me deu um problema sobre detritos espaciais. Estudei dinâmica orbital, satélites e preparei meu projeto, submetido em julho de 2014. Paralelamente, surgiu o concurso da AEB. Enquanto entregava o projeto do doutorado, recebi um e-mail sobre o edital da AEB. Resolvi fazer o concurso – passei e fui chamado em 2016.

Antes de assumir na AEB, em 2016, fiz um curso na China sobre GNSS (sistemas de navegação) na Universidade Beihang, em Pequim. Foi incrível – conheci pessoas do mundo todo. Voltei em maio e, em julho, assumi na AEB em Brasília. Suspendi meu contrato na EMBASA e fiquei um ano e pouco por lá. Na AEB descobri por que o Programa Espacial Brasileiro está estagnado: falta visão estratégica e de Estado, má governança e gestão amadora. Mesmo assim, foi uma experiência rica – coordenei parte do projeto do satélite Amazônia, visitei o INPE e o CLBI.

Voltei para a Bahia no final de 2017 e conheci o Duda Falcão, fundador do Brazilian Space, que morava perto de mim. Comecei a colaborar com o blog, assumi a editoria e publiquei artigos técnicos baseados em meu trabalho na AEB. Participei de congressos, como o Primeiro Congresso Aeroespacial Brasileiro em Foz do Iguaçu (2018), onde propus a Carta de Foz, e no segundo em Santa Maria (2019). Hoje sou professor no SENAI CIMATEC e continuo no Brazilian Space. Essa trajetória incidental me levou a algo que nunca imaginei amar tanto: a área espacial. Transformou minha vida. E basicamente é isso aí.


2: Veja bem, tradicionalmente o mercado espacial envolve muita tecnologia, muita ciência, muita pesquisa, inovação, e tradicionalmente existe um acrônimo de áreas do conhecimento, matérias ou áreas do conhecimento ou profissões que, vamos dizer assim, são as mais vocacionadas, as que mais podem contribuir com a atividade finalística na área espacial, que é o quê? Desenvolver soluções, sistemas, produtos e serviços para a área espacial. E essa sigla é conhecida como STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics). Essa sigla STEM é o acrônimo que representa essas grandes áreas.

Mas eu penso que nós estamos vivendo um momento na área espacial de desenvolvimento que a gente chama de uma nova corrida espacial – agora não mais uma corrida com propósitos militares, geopolíticos ou astropolíticos preponderantes, mas também uma corrida econômica. É lógico que a parte geopolítica, militar e astropolítica não vai deixar de existir nunca, mas não é mais o mote de uma ideologia querer se mostrar melhor do que a outra, como foi na primeira corrida espacial. Então, nesse novo cenário, eu não enxergo somente Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática como as principais – ou exclusivamente elas.

O que eu penso é que o espaço, principalmente agora com o envolvimento da iniciativa privada, vai precisar de advogados – tanto para a área do direito espacial quanto para a área do direito internacional de um modo geral –, porque a coisa vai estar tão crescida que hoje você vai ter um foguete indiano sendo lançado, sei lá, um foguete australiano sendo lançado do Reino Unido, um foguete americano sendo lançado da Nova Zelândia.

Então, a coisa vai levar um payload que é japonês, certo? Que vai trabalhar para uma empresa sul-coreana. Está tão mesclado, tão globalizado, universalizado, que diversas áreas vão atuar.

É lógico que Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática vão ser as áreas que, digamos assim, vão dar a base para desenvolver esses sistemas principais, mas outras áreas vão atuar. Você vai precisar de gente na área de Marketing, gente na área de Administração. A área espacial vive um momento hoje, Nicolas, que eu comparo a dois momentos na história da humanidade. O primeiro são as Grandes Navegações.

Nas Grandes Navegações, se fazia comércio em navios com navegação de cabotagem, próxima da costa, dentro do Mediterrâneo, do Mar Vermelho, do Golfo Pérsico, ali no Mar da China, perto da terra... Até que os portugueses se lançaram no Oceano Atlântico e descobriram que a Terra era muito maior, tinha muito mais continentes não submersos, não era tanto oceano quanto se imaginava, e que era redonda.

Esse momento é o que estamos vivendo agora. Quando Portugal se lançou ao mar, não foram só engenheiros navais, astrônomos, cientistas e matemáticos que brilharam: tinha de tudo. Tinha artesãos, pessoas que faziam as velas, comerciantes, bancos que financiavam as expedições e lucravam com isso. Então, houve um esforço da sociedade portuguesa como um todo para se lançar ao mar e fazer de Portugal, durante algum tempo, a maior potência do mundo. É isso que estamos fazendo agora: indo para a Lua, pensando em Marte e além. Essa é a primeira observação que faço.

No segundo ponto: o que eu acho que os jovens de todas as áreas devem estudar – se quiserem entrar na área espacial – é entender o contexto geral do que é a tecnologia, do que são as ciências, conhecer a história da área espacial, conhecer os problemas que existem na área espacial e buscar uma área que seja dentro desse universo gigantesco que é o mercado, as ciências, as tecnologias, a inovação, as ações governamentais, militares, civis, de diversos propósitos.

Problemas como o dos detritos espaciais – que me envolveram e me fizeram aproximar da área espacial, entrar na Agência Espacial Brasileira e abrir portas que ainda continuam se abrindo – são exemplos. Então, identifiquem esses desafios e suas próprias competências: como você pode contribuir nesse segmento? Tem várias maneiras. Se escolher Engenharia, Ciência, Tecnologia ou Ciência da Computação, não podemos deixar de falar que a área espacial é multi, ultra, pluridisciplinar.

Peguemos um foguete, um satélite, uma antena, um radar espacial: ali está o estado da arte de tudo que a humanidade desenvolveu em sua história. Se fizermos uma decomposição de sistemas em uma árvore genealógica, vamos encontrar todos os conhecimentos já reunidos para produzir esses sistemas. Comunicações, câmeras, antenas, radares, transponders, painéis solares... Tudo está ali.

Mesmo na Engenharia, uma engenharia só não dá conta. Um aluno de Engenharia Aeroespacial não será especialista, mas generalista: ele pensará em missões e soluções para o espaço. Para trabalhar em um foguete, é preciso ter engenheiros mecânicos (com conhecimentos em mecânica de materiais, simulação térmica, dinâmica de fluidos), engenheiros químicos (para propelentes, combustíveis), engenheiros civis (para infraestrutura de lançamento), engenheiros elétricos, matemáticos, cientistas da computação...

Até conceitos como antenas definidas por software (que substituem hardware físico por algoritmos) são revolucionários. Minha dica é: entenda o potencial da área espacial, os problemas e veja como suas competências se encaixam. Se quer desenvolver software para sistemas espaciais, pode trabalhar com embarcados em satélites, compactação de imagens, processamento de dados brutos via IA – não apenas entregando dados, mas informação e conhecimento.

Para finalizar, Nicolas: o momento atual da área espacial é comparável à revolução da computação dos anos 70/80. Antes, computadores eram máquinas complexas manuseadas por "gênios"; hoje, qualquer criança usa smartphones intuitivamente. A área espacial está sendo popularizada: empresas usam dados de satélite sem saber que são "espaciais". 

Assim como a internet espacial (com satélites de órbita baixa) e tecnologias como IoT ou gêmeos digitais estão se tornando comuns, o espaço será parte do cotidiano. Há 15 anos, quem imaginaria carros elétricos lançando foguetes? Pois é. A mensagem é: não é preciso ser gênio – o espaço precisará de todos, de artistas a agricultores.

 

3. a ficção científica, se ela desperta um interesse, promove o interesse pela ciência ou acaba criando um interesse pouco profundo, eu acho que isso é relativo. A ciência e a ficção, elas vão andando, desde que a sociedade é sociedade, para e passo. O ser humano, com suas capacidades cognitivas e de abstração – que é a grande diferença nossa para os outros seres, que também são inteligentes (não é só o ser humano que é inteligente; existem comportamentos inteligentes em seres individuais ou em grupos, como os insetos).

Individualmente, cada formiga não é inteligente, mas coletivamente o formigueiro se propõe a um resultado coletivo e tem um comportamento inteligente para alcançá-lo. As abelhas, os bandos de animais... Ainda que cada indivíduo não seja detentor de uma grande capacidade, a grande diferença do ser humano é a capacidade de abstração.

É a capacidade de não só gerar informação e criar conhecimento, mas de, a partir do conhecimento, gerar metaconhecimento, metainformação, síntese, regras, metarregras. Os níveis de abstração que o ser humano consegue alcançar – onde ele não precisa materialmente tocar algo para, no seu raciocínio, produzir resultados e mais informações com alguns dados iniciais – são únicos.

A ficção científica é resultado disso, muito similar ao que hoje chamamos de futurologia. O que antes era chamado de ficção científica (quando a ciência ainda não havia evoluído tanto nos últimos dois séculos) hoje se transformou. A ciência evoluiu não só em resultados tecnológicos, mas na própria metodologia de como a ciência faz ciência. A metodologia científica, o método experimental, teórico – tudo isso avançou, mesmo que os gregos já tivessem definido as bases.

Os futurologistas do passado, que vislumbraram o potencial de tecnologias ainda impossíveis em sua época, anteciparam mudanças que poderiam trazer tanto o bem quanto o mal. Vemos isso nas dialéticas da robótica (como o medo do "robô destruidor"), que já eram discutidas muito antes da robótica existir de fato.

 

A ciência propõe hipóteses para o futuro; a ficção científica imagina como essas hipóteses se materializariam. Jules Verne, por exemplo, descreveu tecnologias que só se tornaram realidade séculos depois. Arthur C. Clarke, com base científica sólida, projetou visões da ciência aeroespacial que ainda hoje nos impressionam.

A ficção científica, portanto, promove uma visão de futuro que instiga as pessoas a imaginarem possibilidades. O problema é que, hoje, muitos substituem a leitura de livros por adaptações em filmes ou séries – o que acaba simplificando e glamourizando a ciência, reduzindo-a a pura fantasia.

Por exemplo: a série O Problema dos Três Corpos, mesmo sendo complexa, ainda é superficial comparada ao livro. A profundidade dos conceitos científicos (como a física contraintuitiva) exige engajamento. Autores como Carl Sagan popularizaram a ciência sem perder rigor – ele transformou conhecimento doutoral em obras acessíveis, sem precisar de teses herméticas.

Por outro lado, há autores como Erich von Däniken (de Eram os Deuses Astronautas?), que misturam especulação, teologia e pseudociência. Ainda assim, até esses trabalhos podem ser úteis se lidos com discernimento: separando o que é ciência, o que é fé, e o que é pura imaginação.

Concluindo: a ficção científica baseada em pesquisa sólida estimula o interesse genuíno pela ciência. Já as obras rasas (como filmes que priorizam efeitos visuais) apenas arranham a superfície. Na ciência real, como dizem, é "10% inspiração, 90% transpiração" – muito estudo, cálculo e leitura para transformar ficção em realidade.

 

4. Bem, quanto a deixar as ideias, eu acho que espalhei um pouco dos meus pensamentos sobre o setor espacial, as atividades espaciais e o programa espacial nas outras partes do áudio. Mas o que eu penso é que, olhando para o Brazilian Space como um canal que fala sobre o programa espacial brasileiro, eu particularmente falo muito sobre isso.

Nossa juventude, é lógico, se encanta com o que está acontecendo na área espacial no resto do mundo, especialmente nos Estados Unidos, com a SpaceX. Fica ali, e é difícil imaginar que, hoje em dia, as pessoas teriam como atividade assistir ao lançamento de um foguete. Isso faz parte da popularização, que eu acho interessante. Mas, ainda que a gente tenha que observar o que está acontecendo no mundo, não podemos deixar de olhar para o Brasil.

Você perguntou como trabalhar na área espacial e o que fazer. Eu penso que o jovem tem que se preparar para trabalhar no mundo todo. Talvez o Brasil ainda não esteja preparado. Nosso país, de um modo geral, nossas instituições governamentais e nossa sociedade ainda são muito imaturos e não valorizam devidamente a área espacial. O Duda Falcão, meu parceiro do Brazilian Space, chama o setor espacial brasileiro de "o patinho feio das ciências brasileiras". Se compararmos com outras áreas do conhecimento, o Brasil se destaca na astronomia. O país está sempre publicando artigos fantásticos em parceria com instituições internacionais. Mas, no programa espacial brasileiro, no desenvolvimento e no domínio das tecnologias espaciais, estamos muito atrasados. O que o Duda diz é que o programa espacial brasileiro é, de fato, o patinho feio da ciência no Brasil.

Então, nesse sentido, quero deixar essa mensagem: por mais que o jovem esteja frustrado ou não veja inspiração no Brasil, não podemos apenas nos encantar com o que acontece lá fora, com as tecnologias e sistemas estrangeiros, sem nos envolvermos para que isso também aconteça aqui. Essa é a grande proposta do Brazilian Space.

O Duda, por vezes, tem uma postura um pouco ácida e dura nas cobranças, especialmente em relação aos entes governamentais. E tem que ser assim mesmo, porque são servidores públicos pagos por nós. Eu já estive desse outro lado, fui da AEB, e sempre gostei de ser cobrado, porque sabia que estava fazendo minha parte. Mas a sociedade precisa se mobilizar mais, acompanhar e defender as ações corretas para o programa espacial brasileiro.

Como o Duda sempre diz, o problema do programa espacial brasileiro não é falta de cientistas ou pesquisadores. Nós temos, se não os melhores, entre os melhores profissionais, que fazem muito com poucos recursos. O principal problema é a péssima gestão e governança ineficiente. A sociedade precisa cobrar o desenvolvimento de um programa espacial sério no Brasil, assim como cobra carnaval, festas e outras pautas. O programa espacial não é apenas sobre foguetes voando. Ele tem potencial para gerar empregos e fortalecer a economia. Até 2035, as atividades espaciais no mundo movimentarão trilhões, e o Brasil poderia estar se beneficiando disso, desenvolvendo uma indústria espacial para soluções nacionais e internacionais.

Atualmente, 80% do mercado espacial global está concentrado nos Estados Unidos e na Europa. A China, apesar de ser um grande player, sofre embargos dos EUA, que detêm mais de 70% das patentes espaciais mundiais. Os chineses não assinaram o acordo de salvaguardas com os EUA porque não respeitam patentes, o que gera desconfiança na área tecnológica. Com isso, a China criou uma indústria espacial própria. Os EUA não permitem que quem usa suas tecnologias trabalhe com a China.

Nesse contexto, se não houver a China para produzir componentes mais baratos, o Brasil poderia ocupar esse espaço. Mas, em vez disso, estamos deixando essa oportunidade de mão beijada para a Índia, que está se tornando "a China do setor espacial". O Brasil poderia pegar uma fatia desse mercado, pois temos cientistas e engenheiros altamente capacitados. No entanto, nosso problema é a governança ruim e a incompetência de gestores públicos. E é isso que o Brazilian Space denuncia, cobra e exige mudanças. Mas não conseguimos fazer isso sozinhos.

A prova disso é a Lei Geral do Espaço, que foi alterada e transformada em uma legislação militarizante. Não sou contra o setor militar, mas o programa espacial brasileiro tem vertentes civil e militar, e nenhuma pode se sobrepor à outra. O setor civil não pode impedir os militares de realizar atividades de segurança nacional, assim como os militares não devem controlar atividades civis.

Temos uma demanda reprimida por tecnologias espaciais no Brasil. Compramos soluções do exterior em vez de usar tecnologias nacionais porque não tratamos o programa espacial como estratégico. A Agência Espacial Brasileira deveria estar vinculada à Presidência da República, como era em 1994, quando foi criada. Hoje, está subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, diluída em um grande guarda-chuva de projetos.

Minha mensagem final é esta: peço a você, Nicolas, e a todos que vão ler esta matéria, que ajudem. Não precisa ser apenas pelo Brazilian Space. Envolvam-se mais com a área espacial no Brasil, cobrem as autoridades, informem-se e atuem. Se o Brasil se organizar e transformar o programa espacial em um programa de Estado, ainda podemos surfar essa onda. Perdemos a oportunidade na área de informática por falta de planejamento e criação de reservas de mercado ineficientes. Hoje, dependemos de tecnologia estrangeira e não produzimos componentes avançados. Se não agirmos, o mesmo acontecerá com a indústria espacial.

Por fim, aproveito para agradecer a você, Nicolas, pelo contato. Estamos à disposição no Brazilian Space para o que for necessário. E deixo aqui o lema do Brazilian Space, que completou 15 anos em 30 de abril do ano passado: "Brazilian Space, 15 anos: espaço que inspira, informação que conecta".

Valeu, Nicolas! Muito obrigado. Se precisar de algo mais, é só falar.

 





 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Questões de Gestão e Estratégia- Questionando as IAs


N: O que uma filosofia de negócios baseada em Robert Michels, Lawrence J. Peter e Galbraith pode acabar se tornando?

DPSK:

Uma filosofia de negócios baseada nas ideias de Robert Michels, Lawrence J. Peter e John Kenneth Galbraith poderia resultar em uma abordagem crítica e realista sobre as estruturas organizacionais, a dinâmica de poder e os desafios da burocracia e da hierarquia. Vamos explorar como as contribuições de cada pensador poderia moldar essa filosofia:

Robert Michels (Lei de Ferro da Oligarquia):

Michels argumenta que, mesmo em organizações democráticas, o poder tende a se concentrar nas mãos de uma elite, criando uma oligarquia. Isso ocorre devido à necessidade de especialização, eficiência e à tendência natural de líderes de se perpetuarem no poder.

Em uma filosofia de negócios, isso poderia levar a uma ênfase na descentralização do poder e na criação de mecanismos para evitar a concentração excessiva de autoridade. A organização poderia buscar estruturas mais horizontais, com maior participação dos funcionários na tomada de decisões e transparência na gestão.

Lawrence J. Peter (Princípio de Peter):

Peter propõe que, em uma hierarquia, os funcionários tendem a ser promovidos até atingirem seu nível de incompetência. Isso pode levar à estagnação e ineficiência nas organizações.

Uma filosofia de negócios influenciada por Peter poderia priorizar a avaliação contínua de competências e a criação de caminhos alternativos de crescimento profissional, como promoções laterais ou especializações, em vez de apenas ascensão vertical. Além disso, poderia incentivar a cultura de feedback e desenvolvimento constante para evitar que as pessoas fiquem "estacionadas" em posições inadequadas.


John Kenneth Galbraith (Poder das Corporações e Tecnocrata):

Galbraith critica o poder das grandes corporações e defende que a economia moderna é dominada por uma "tecnoestrutura", onde especialistas e burocratas tomam decisões que impactam a sociedade. Ele também enfatiza a importância de equilibrar os interesses privados com o bem-estar público.

Nessa filosofia de negócios, haveria uma preocupação com a responsabilidade social corporativa e o impacto das decisões da empresa na sociedade. A organização poderia buscar um modelo de gestão que equilibre lucro com propósito, envolvendo stakeholders e considerando os efeitos de suas ações no meio ambiente e na comunidade.


Possíveis Características dessa Filosofia de Negócios:

Estruturas organizacionais mais flexíveis e menos hierárquicas, com foco em evitar a concentração de poder e a burocracia excessiva.

Cultura de meritocracia e desenvolvimento contínuo, com mecanismos para garantir que as pessoas estejam em posições adequadas às suas habilidades.

Responsabilidade social e ética, com uma visão crítica sobre o papel das corporações na sociedade e um compromisso com práticas sustentáveis e justas.

Transparência e participação, incentivando a colaboração e a tomada de decisões coletivas, em vez de centralizadas.

Riscos e Desafios:

A descentralização excessiva pode levar à falta de direção clara ou à dificuldade de implementar estratégias de longo prazo.

A preocupação com a responsabilidade social pode entrar em conflito com a busca por lucratividade, especialmente em mercados altamente competitivos.

A aplicação do Princípio de Peter pode gerar resistência entre funcionários que veem a promoção vertical como única forma de reconhecimento.

Em resumo, essa filosofia de negócios seria uma mistura de realismo crítico e pragmatismo, buscando equilibrar eficiência, justiça e responsabilidade, enquanto reconhece as limitações inerentes às estruturas organizacionais e humanas.


N: É possível resumir o que há em comum em livros como o Hagakure, Livro dos Cinco Anéis, e Arte da Guerra?

DPSK:

Sim, é possível identificar temas comuns entre obras como Hagakure, O Livro dos Cinco Anéis e A Arte da Guerra, apesar de suas origens culturais e contextos históricos distintos. Esses textos são clássicos que abordam estratégia, filosofia e conduta, e compartilham alguns princípios fundamentais. Aqui estão os pontos em comum:


Foco na Estratégia e Mentalidade:

Todas as obras enfatizam a importância de uma mentalidade estratégica para superar desafios, sejam eles no campo de batalha, nos negócios ou na vida pessoal.

A clareza de pensamento e a capacidade de antecipar os movimentos do adversário são valorizadas.


Disciplina e Autocontrole:

A disciplina é um tema central. Os autores destacam a necessidade de controle emocional, paciência e preparação constante.

O autoconhecimento e a autodisciplina são vistos como essenciais para o sucesso.


Adaptabilidade:

Todas as obras destacam a importância de ser flexível e adaptável diante de circunstâncias imprevisíveis.

A rigidez é vista como uma fraqueza, enquanto a capacidade de se ajustar às mudanças é uma virtude.

Simplicidade e Eficiência:

A simplicidade nas ações e decisões é valorizada. As obras enfatizam a eliminação do desnecessário e o foco no que é essencial.

A eficiência em alcançar objetivos com o mínimo de esforço ou recursos é um princípio compartilhado.


Importância da Preparação:

A preparação meticulosa é um tema recorrente. Seja no treinamento constante (Hagakure), no domínio das técnicas (Livro dos Cinco Anéis) ou no planejamento estratégico (A Arte da Guerra), a ideia de que a vitória começa antes do confronto é central.


Visão Holística:

As obras abordam a vida e a estratégia de forma holística, integrando aspectos físicos, mentais e espirituais.

A ética e a honra são frequentemente mencionadas, sugerindo que a verdadeira maestria vai além da mera vitória.


Foco no Adversário e no Ambiente:


Todas as obras destacam a importância de entender o adversário e o ambiente em que se está inserido.

A observação e a análise são ferramentas essenciais para tomar decisões informadas.

Aceitação da Morte e do Fracasso:


A aceitação da morte (Hagakure) e do fracasso como parte do processo é um tema presente, especialmente no contexto samurai e guerreiro.

Essa aceitação é vista como libertadora, permitindo agir com coragem e sem medo.


Resumo dos Temas Comuns:

Estratégia e mentalidade como fundamentos para o sucesso.


Disciplina, autoconhecimento e autocontrole como pilares da excelência.

Adaptabilidade e simplicidade como chaves para enfrentar desafios.

Preparação e observação como bases para a ação eficaz.

Visão holística e ética integrando aspectos físicos, mentais e espirituais.

Aceitação da impermanência (morte, fracasso) como parte da jornada.

Esses princípios transcendem o contexto militar e podem ser aplicados em diversas áreas da vida, como negócios, liderança e desenvolvimento pessoal.


N: O processo eleitoral e os processos de decisão podem ser vistos como uma espécie de leilão, ou isso é uma simplificação excessiva?

DPSK:

A analogia entre processos eleitorais ou processos de decisão e leilões pode ser útil em alguns aspectos, mas também é uma simplificação que pode obscurecer nuances importantes. Vamos explorar os pontos de convergência e divergência:


Pontos de Convergência (Semelhanças com Leilões):

Competição por Recursos Limitados:


Em ambos os casos, há uma competição por algo de valor: em leilões, é um bem ou serviço; em eleições, é o poder político ou a capacidade de influenciar decisões.

Os participantes (licitantes ou candidatos) buscam maximizar suas chances de "vencer" o processo.


Estratégia e Tomada de Decisão:


Tanto em leilões quanto em eleições, os participantes precisam adotar estratégias para alcançar seus objetivos.

Em leilões, isso pode envolver decidir quanto oferecer; em eleições, pode envolver campanhas, alianças e posicionamento político.


Influência de Informação Assimétrica:

Em ambos os cenários, a informação disponível pode ser desigual. Em leilões, alguns participantes podem saber mais sobre o valor do item; em eleições, os eleitores podem ter diferentes níveis de informação sobre os candidatos ou propostas.


Dinâmica de Vencedor e Perdedor:

Tanto em leilões quanto em eleições, há um resultado claro: alguém ganha (o licitante vencedor ou o candidato eleito) e outros perdem.


Papel de Regras e Instituições:

Ambos os processos são regulados por regras específicas que determinam como a competição ocorre. Em leilões, há regras sobre lances e prazos; em eleições, há leis eleitorais que definem como os votos são contados e como os candidatos podem se comportar.


Pontos de Divergência (Diferenças em Relação a Leilões):

Natureza do "Prêmio":

Em leilões, o prêmio é tipicamente um bem ou serviço tangível, com valor econômico claro. Em eleições, o prêmio é o poder político, que é intangível e tem implicações muito mais amplas para a sociedade.


Participação e Representação:

Em eleições, o processo é (idealmente) democrático, envolvendo a participação de um grande número de pessoas (eleitores). Em leilões, a participação é geralmente restrita a quem tem recursos para competir.


Objetivos e Motivações:

Em leilões, o objetivo é maximizar o lucro ou adquirir um bem específico. Em eleições, os objetivos podem ser mais complexos, envolvendo ideologia, bem-estar social, poder ou influência.


Impacto Social:

Eleições têm um impacto direto e profundo na sociedade, moldando políticas públicas e a vida das pessoas. Leilões, embora importantes em contextos econômicos, geralmente têm um escopo mais limitado.


Transparência e Legitimidade:

Eleições são processos altamente regulados e sujeitos a escrutínio público, pois sua legitimidade é crucial para a estabilidade política. Leilões, embora possam ser transparentes, não carregam o mesmo peso de legitimidade social.


Simplificação Excessiva?

A analogia pode ser uma simplificação excessiva se ignorar as complexidades inerentes aos processos eleitorais e de decisão. Por exemplo:

Eleições envolvem questões de representação, justiça, participação cívica e legitimidade democrática, que vão além da lógica de mercado presente em leilões.

Processos de decisão em organizações ou governos muitas vezes envolvem negociações, consenso e considerações éticas que não se encaixam bem na estrutura competitiva de um leilão.


Conclusão:

Embora a analogia com leilões possa ser útil para entender aspectos competitivos e estratégicos dos processos eleitorais e de decisão, ela é limitada. Eleições e decisões coletivas envolvem dimensões políticas, sociais e éticas que vão além da lógica de oferta e demanda presente em leilões. Portanto, é uma simplificação que pode ser interessante para análises específicas, mas não captura a complexidade total desses processos.


N: Porque os chamados conflitos de baixa intensidade e os conflitos sociais normais muitas vezes são mais destrutivos para um exército do que uma guerra de grande escala?

GPT:

Os conflitos de baixa intensidade e os conflitos sociais normais podem ser mais destrutivos para um exército do que uma guerra de grande escala por vários motivos:

Desgaste prolongado – Diferente de uma guerra convencional, que geralmente tem objetivos militares bem definidos, os conflitos de baixa intensidade podem se arrastar por anos ou até décadas. Isso leva ao esgotamento dos recursos, da moral da tropa e da capacidade operacional.

Dificuldade em identificar o inimigo – Em guerras tradicionais, há um inimigo claro e bem definido. Já nos conflitos de baixa intensidade, o inimigo pode estar misturado à população civil, dificultando o combate e gerando incertezas operacionais.

Impacto psicológico e moral – A exposição contínua a emboscadas, ataques de guerrilha e ameaças invisíveis pode gerar alto nível de estresse e fadiga psicológica entre os soldados, levando a problemas como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e desmotivação.

Erosão da legitimidade e do apoio popular – A dificuldade em combater insurgências e movimentos sociais pode resultar em abusos contra civis, o que desgasta o apoio popular e a reputação do exército. Isso pode gerar um ciclo vicioso de resistência crescente e mais repressão.

Custo elevado e retorno incerto – Operações de contrainsurgência e policiamento prolongado são dispendiosas, pois exigem recursos contínuos sem garantir um desfecho definitivo. Além disso, manter tropas mobilizadas por longos períodos pode comprometer a prontidão para enfrentar ameaças convencionais.

Conflitos internos e desunião – A natureza ambígua desses conflitos pode criar divisões dentro do próprio exército, entre diferentes setores da sociedade e dentro do governo, dificultando a tomada de decisões estratégicas.

Esses fatores combinados fazem com que conflitos de baixa intensidade sejam, muitas vezes, mais desafiadores e destrutivos do que guerras convencionais, que possuem início, meio e fim mais claros.


N: A estratégia do Oceano Azul realmente quebra paradigmas, ou ela tende a levar um novo oligopólio no longo prazo?

GPT: A Estratégia do Oceano Azul, proposta por W. Chan Kim e Renée Mauborgne, busca quebrar paradigmas ao incentivar empresas a saírem da competição tradicional (Oceano Vermelho) e criarem novos mercados sem concorrência direta. No curto prazo, essa abordagem de inovação de valor pode realmente gerar um diferencial competitivo disruptivo.

No entanto, no longo prazo, essa estratégia pode, sim, levar à formação de novos oligopólios. Isso acontece porque:


Atração de concorrência – Caso o novo mercado criado seja altamente lucrativo, outras empresas vão tentar imitá-lo ou entrar no setor, reduzindo a exclusividade da inovação original.

Consolidação do mercado – À medida que algumas empresas dominam o novo espaço, elas tendem a estabelecer barreiras de entrada (tecnológicas, de marca, de patentes, etc.), limitando novos entrantes e concentrando o setor.

Ciclo natural da inovação – O próprio ciclo da inovação faz com que, após a criação de um novo mercado, ele amadureça e passe a se comportar como qualquer outro setor consolidado, gerando estruturas oligopolistas.

Estratégias defensivas – Empresas que conquistam um Oceano Azul muitas vezes passam a usar estratégias típicas de players dominantes, como fusões, aquisições e regulamentações favoráveis para impedir novos concorrentes.

Ou seja, a ideia da inovação de valor realmente desafia o status quo no início, mas não impede que, com o tempo, o próprio mercado criado se torne oligopolizado. A única maneira de evitar isso seria uma inovação contínua e disruptiva, mas isso é difícil de manter indefinidamente.


N: Como seria uma mistura de monopólio com monopsônio?

GPT: 

Uma mistura de monopólio (um único vendedor) com monopsônio (um único comprador) resultaria em um monópolio bilateral, uma estrutura de mercado onde há apenas um fornecedor e um único comprador.

Características desse mercado:

Poder de barganha equilibrado – Como há apenas um vendedor e um comprador, ambos têm grande poder de negociação. O preço e as condições de troca não são definidos pelo mercado livremente, mas por negociações diretas entre as partes.

Dependência mútua – O vendedor não tem outras opções de compradores, e o comprador não tem outros fornecedores. Isso cria uma relação de interdependência que pode levar a acordos de longo prazo ou conflitos sobre preços e qualidade.

Exemplos práticos:

Setores militares: Um governo (único comprador) pode negociar com uma grande fabricante de armas (único fornecedor nacional).

Mineração específica: Uma empresa que extrai um recurso raro pode ter apenas um cliente industrial global que processa esse material.

Trabalho altamente especializado: Se houver apenas um instituto capaz de treinar astronautas e apenas uma agência espacial que contrata, isso criaria um monópolio bilateral no fornecimento de mão de obra.

Problemas e desafios:

Conflitos de preço – O vendedor quer preços altos, o comprador quer preços baixos, e não há concorrência para equilibrar isso.

Ineficiência – Como não há alternativas, inovação e eficiência podem ser comprometidas.

Risco de colapso – Se uma das partes sair do mercado, a outra fica sem alternativas.

Esse tipo de mercado não é muito comum, mas pode ocorrer em setores extremamente especializados ou regulados.


N: O tipo de abordagem apresentada em Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, e Quem Mexeu no Meu Queijo, levam a positividade tóxica denunciada por Byung Chul Han? Ou continuam a ser abordagens válidas, se tomadas da maneira certa?

GPT: A abordagem de livros como Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas (Dale Carnegie) e Quem Mexeu no Meu Queijo? (Spencer Johnson) pode, dependendo do contexto e da interpretação, tanto ser uma ferramenta útil quanto cair na armadilha da positividade tóxica, que o filósofo Byung-Chul Han critica.

Quando essas abordagens são válidas?

Se tomadas de maneira equilibrada, essas obras oferecem dicas práticas para melhorar habilidades interpessoais e adaptação a mudanças. Elas ensinam:

✔ Como criar conexões autênticas e evitar conflitos desnecessários (Carnegie).

✔ A importância da flexibilidade e da proatividade frente a mudanças (Johnson).

✔ A comunicação eficaz e o desenvolvimento pessoal.

Quando usadas com autonomia e senso crítico, essas estratégias são válidas e podem contribuir para o crescimento pessoal e profissional sem criar efeitos negativos.

Onde entra a crítica de Byung-Chul Han?

Han denuncia a cultura da positividade tóxica e da autoexploração, onde o indivíduo se sente obrigado a ser sempre otimista, flexível e produtivo, muitas vezes ignorando seus próprios limites e sentimentos. Essas abordagens podem ser problemáticas se forem interpretadas da seguinte forma:

⚠ Culpar o indivíduo por tudo – A ideia de que "tudo depende apenas da sua atitude" ignora fatores sociais, estruturais e psicológicos que impactam o sucesso.

⚠ Repressão emocional – Insistir em ser sempre positivo pode levar à negação de frustrações legítimas e à exaustão mental.

⚠ Adaptação forçada – A mensagem de Quem Mexeu no Meu Queijo? pode ser interpretada como uma exigência de aceitação passiva de mudanças impostas, sem questionamento.

Conclusão

Esses livros continuam sendo abordagens válidas, se usadas com discernimento. O problema surge quando eles são aplicados de forma rígida e sem levar em conta a complexidade da realidade humana. A chave é equilibrar essas ideias com reflexão crítica, autoconhecimento e a compreensão de que nem tudo pode ser resolvido com pensamento positivo e adaptação incondicional.

N: Existe algo em comum na Teoria das Restrições de Goldraat, na Teoria dos Antipadrões, e no Sistema Toyota?

GPT

Sim, há vários pontos em comum entre a Teoria das Restrições (TOC) de Goldratt, a Teoria dos Antipadrões e o Sistema Toyota de Produção (STP), especialmente quando consideramos os princípios subjacentes de otimização de processos e melhoria contínua. Vamos explorar as semelhanças em detalhes

1. Foco em Identificação e Resolução de Problemas

TOC: O foco principal é identificar a restrição ou gargalo do sistema, ou seja, o ponto de limitação no processo que impede a otimização do desempenho global. A TOC propõe uma abordagem estruturada para eliminar ou mitigar esse gargalo para melhorar o fluxo de produção ou de serviços.

Antipadrões: A teoria dos antipadrões foca em identificar práticas inadequadas ou ineficazes, que, apesar de parecerem boas ou comuns, acabam causando problemas a longo prazo. Em ambos os casos, é necessário identificar onde o sistema está falhando e agir para corrigir essas falhas.

STP: No Sistema Toyota, há uma busca constante para eliminar desperdícios e melhorar a eficiência. O conceito de gargalos também é central aqui, com a metodologia Just-in-Time sendo empregada para garantir que o fluxo de trabalho não seja interrompido e que a produção seja ajustada conforme as demandas reais.

2. Melhoria Contínua (Kaizen)

TOC: A TOC segue um ciclo contínuo de melhorias, conhecido como o ciclo de cinco passos (Identificar, Explorar, Subordinar, Elevar e Repetir). A ideia é que, ao melhorar continuamente a restrição, o sistema todo melhora ao longo do tempo.

Antipadrões: A teoria dos antipadrões promove uma abordagem crítica e reflexiva das práticas, incentivando a melhoria contínua ao evitar práticas ineficazes e buscar soluções mais adequadas para as realidades organizacionais.

STP: O Sistema Toyota é altamente focado no conceito de Kaizen, que significa "melhoria contínua". Ele promove a constante busca por pequenas melhorias incrementais em todos os processos, envolvendo todos os níveis da organização para identificar oportunidades de melhoria. Esse processo de melhoria contínua se conecta fortemente ao conceito de eliminar desperdícios e aumentar a eficiência.

3. Foco no Fluxo de Trabalho

TOC: A TOC trabalha no conceito de fluxo, ou seja, melhorar o fluxo de produção ou de serviços sem interrupções. Ao melhorar a restrição, o fluxo do sistema é otimizado e se evita a sobrecarga de outras partes do sistema.

Antipadrões: Muitos antipadrões estão relacionados ao fluxo de trabalho. Por exemplo, a sobrecarga de tarefas ou interrupções constantes podem ser identificadas como antipadrões que afetam o fluxo eficiente. A ideia é que práticas que interrompem o fluxo natural de trabalho devem ser evitadas.

STP: O Sistema Toyota, com sua abordagem de Just-in-Time e fluxo puxado, foca na criação de um fluxo contínuo de valor, onde cada etapa do processo é ajustada para garantir que não haja excessos nem escassez. O objetivo é melhorar continuamente o fluxo de materiais, informações e processos.

4. Envolvimento de Todos os Níveis da Organização

TOC: A TOC exige o envolvimento de todos os membros da organização para identificar e trabalhar em torno da restrição. A colaboração entre diferentes partes do sistema é crucial para garantir que a solução não cause novos problemas.

Antipadrões: A teoria dos antipadrões também busca envolver diferentes partes da organização, pois muitas vezes os antipadrões surgem de decisões tomadas em níveis hierárquicos diversos, afetando a performance global.

STP: No Sistema Toyota, o envolvimento de todos é fundamental. Desde os trabalhadores da linha de frente até os gerentes, todos são encorajados a sugerir melhorias e identificar problemas. Empoderamento dos funcionários e a ideia de que cada um tem um papel ativo na melh…

N: Além do ESG e compliance, quais áreas vão ter mais futuro dentro das empresas e repartições públicas?

GPT:

Além de ESG (Environmental, Social, and Governance) e compliance, várias áreas dentro das empresas e repartições públicas estão ganhando relevância e provavelmente terão um futuro significativo, à medida que as organizações buscam adaptar-se a novos desafios econômicos, tecnológicos e sociais. Aqui estão algumas dessas áreas que devem crescer nos próximos anos:

1. Transformação Digital e Inovação Tecnológica

Automação e Inteligência Artificial (IA): O uso de IA e automação vai expandir significativamente. Isso inclui desde chatbots e assistentes virtuais até análise preditiva e machine learning para otimizar operações, prever tendências de mercado e até melhorar a governança pública.

Big Data e Análise de Dados: A capacidade de analisar grandes volumes de dados será crucial para empresas e instituições públicas. Organizações vão precisar de profissionais especializados em análise de dados para tomar decisões baseadas em evidências, tanto no setor privado quanto público.

Cibersegurança: Com o aumento da digitalização, as ameaças cibernéticas estão se tornando mais complexas. Profissionais de cibersegurança serão ainda mais procurados para proteger dados sensíveis e garantir a privacidade, especialmente em áreas como saúde, finanças e governo.

2. Sustentabilidade e Economia Circular

Economia Circular: Além de ESG, a economia circular (onde os produtos e materiais são reutilizados ao invés de descartados) está se tornando uma prioridade crescente. Empresas e governos terão que investir mais em tecnologias que permitam essa transição, criando novas oportunidades de negócios, como reciclagem avançada, design sustentável e uso eficiente de recursos.

Energias Renováveis e Tecnologias Verdes: A busca por soluções energéticas sustentáveis e renováveis está em alta. Profissionais em áreas como energia solar, eólica, e hidrogênio verde terão alta demanda à medida que as empresas e governos buscam alternativas mais limpas e econômicas.

Descarbonização: Empresas e repartições públicas estão cada vez mais comprometidas com metas de neutralidade de carbono. Isso criará uma demanda crescente por especialistas que possam desenvolver estratégias de redução de emissões e implementação de tecnologias de captura de carbono.

3. Diversidade e Inclusão

Gestão da Diversidade e Inclusão: As questões relacionadas à diversidade, equidade e inclusão (DEI) serão cada vez mais importantes, não apenas como questões sociais, mas também como estratégias de negócios que aumentam a inovação, o engajamento dos funcionários e a atração de talentos. Profissionais que podem implementar e medir estratégias de DEI serão cruciais.

Saúde Mental no Trabalho: A promoção da saúde mental no ambiente corporativo e em órgãos públicos está se tornando uma prioridade. Empresas e repartições públicas buscarão práticas e políticas para apoiar o bem-estar psicológico de seus colaboradores, criando um ambiente mais saudável e produtivo.

4. Gestão de Riscos e Resiliência Organizacional

Gestão de Riscos: Em um mundo mais incerto, a capacidade de identificar e mitigar riscos se tornou uma prioridade para todas as organizações. Gestores de risco e estrategistas de resiliência estarão cada vez mais em demanda, ajudando as organizações a se prepararem para crises financeiras, pandemias, desastres naturais e outros tipos de ameaças.

Planejamento de Continuidade de Negócios: Este campo será fundamental à medida que as empresas e repartições públicas busquem garantir que possam continuar a operar em situações de crise, como interrupções nos fornecimentos ou eventos inesperados.

5. Blockchain e Criptomoedas

Tecnologias de Blockchain: O uso de blockchain vai além das criptomoedas. Empresas e governos estão explorando essa tecnologia para aumentar a transparência, a segurança de dados e a eficiência em processos como gestão de cadeias de suprimento, transações financeiras e votação digital.

Finanças Descentralizadas (DeFi): A crescente busca por soluções financeiras alternativas e descentralizadas pode gerar novas oportunidades em setores financeiros, incluindo no contexto de governo digital e regulação de criptomoedas.

6. Saúde Digital e Biotecnologia

Telemedicina e Saúde Digital: A telemedicina e outras soluções de saúde digital estão se expandindo, não apenas como resposta à pandemia de COVID-19, mas como parte de uma mudança mais ampla no sistema de saúde. A integração de dados em tempo real, monitoramento remoto e inteligência artificial vai transformar os cuidados com a saúde.

Biotecnologia e Genômica: A biotecnologia, especialmente nas áreas de medicina personalizada e terapias genéticas, terá um grande impacto nos próximos anos. O avanço na pesquisa genética e no desenvolvimento de vacinas e tratamentos inovadores também vai gerar novas oportunidades tanto no setor privado quanto público.

7. Governança Digital e Governo Eletrônico

Administração Pública Digital: A digitalização das repartições públicas tem se tornado uma prioridade em muitos países, promovendo um governo eletrônico mais eficiente. Plataformas digitais para serviços ao cidadão, dados abertos e transparência no governo serão áreas de crescente investimento.

Smart Cities: A integração de tecnologias digitais e IoT (Internet das Coisas) nas cidades está moldando o futuro das cidades inteligentes. Isso inclui mobilidade urbana, gestão de resíduos, segurança pública e uso eficiente de recursos urbanos.

8. Educação e Capacitação Contínua

Aprendizado ao Longo da Vida: A necessidade de capacitação contínua vai crescer, especialmente em um mundo cada vez mais dinâmico e orientado por tecnologia. As empresas e governos investirão em plataformas de educação online e treinamentos corporativos, com foco no desenvolvimento de habilidades digitais, analíticas e emocionais.

Educação Tecnológica: A preparação de profissionais para lidar com novas tecnologias será essencial. A educação em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) será ainda mais valorizada, especialmente em áreas como programação, IA, cibersegurança e engenharia de dados.

Conclusão:

Essas áreas não são apenas tendências passageiras, mas áreas fundamentais para o futuro das empresas e repartições públicas. À medida que o mundo se torna mais complexo e interconectado, o foco em tecnologia, sustentabilidade, gestão de riscos, bem-estar social e transparência será essencial para garantir a competitividade das empresas e a eficiência dos governos. O futuro dependerá da capacidade de se adaptar rapidamente a essas novas demandas.



Redação CBMBA- Tecnologia

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