Este livro, do jornalista francês Jean Baptiste Mallet, acompanha a moderna indústria do tomate, centrada em três países: Estados Unidos, Itália, e China.
O livro começa mostrando como a Heinz se tornou uma grande empresa adotando uma mistura de paternalismo social com métodos tayloristas de trabalho, e depois segue mostrando os pormenores da produção tomateira.
O autor demonstra que nos Estados Unidos, se fez grande uso de imigrantes pobres como mão de obra barata e depois foi-se trocando os trabalhadores por máquinas.
Na Itália, existe uma produção dominada ao mesmo tempo por cartéis e máfias, que controlam com mão de ferro as cotas de produção e as relações trabalhistas.
Por último, o autor foca em como a China decidiu se tornar produtora de tomates, para suprir o mercado ocidental. A China em poucas décadas se tornou uma das maiores produtoras mundiais, com uma produção mais barata do que a média.
Porém, a China teria feito isso destruindo produtores locais em regiões como a África, substituindo o tomate produzido localmente por polpas de tomate cheias de aditivos.
Nas três regiões citadas, imigrantes pobres e minorias étnicas acabaram sofrendo para garantir o tomate colhido e processado pelo melhor preço.
No geral, o livro acaba sendo mais uma demonstração do lado perverso da globalização, aonde sempre existem ganhadores e perdedores.
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