quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Situação na Austrália


Recentemente, uma cápsula com elemento semelhante ao do incidente de Goiânia, se perdeu numa zona distante do país.

Temendo que com os anos, a cápsula pudesse se desintegrar ou ser aberta por um desavisado, como ocorreu em nosso país, os australianos mobilizaram uma bela de uma força tarefa até achar o objeto, que não devia ser maior que uma moeda de 25 centavos, e talvez tivesse peso similar.

Não sei dizer se contadores Geiger tiveram alguma utilidade ou a galera teve de agir no puro olhomêtro usando a rota conhecida do transporte como referência, mas eles encontraram, aparentemente sem ter de montar todo um isolamento, Hazmats, etc, para capturar o item e juntá-lo aos seus iguais, aonde agora poderá ter um pouquinho mais de fama e horas-homem agregadas.

Nosso Estado sendo um dos fornecedores do Complexo de Angra, e tendo uma certa quantidade de equipamentos radiológicos espalhados, é conveniente para nós, bombeiros e outras profissões relacionadas ao mundo da emergência, estudarmos como se dão incidentes radioativos, além dos químico/biológicos/radioativos que temos alguma instrução.

Eu lembro a maneira bastante dramática que o livro Caçada ao Outubro Vermelho e o filme K9: The Widowmaker, falavam de acidentes desse tipo em submarinos, aonde ao se abrir a escotilha para sair tudo que havia era mais água que o próprio veículo, e o motor necessário para tirá-lo de lá estava em chamas e espalhando raios x e gama em quase tudo que entrasse em contato.

Eu não creio que chegaremos perto de enfrentar situações críticas como essa ou as que levaram ao Sarcófago de Chernobil.

Porém, ainda assim, buscar entender como a radiação, ionizante ou não, funciona, é a chave para conseguir dominar outros conhecimentos úteis, que podem vir a ser de valia no futuro.

No Uber


Estava mais cedo no Uber, indo resolver uma questão de trabalho.

Comecei a conversar com ele mais ou menos na parte final do roteiro. Ele falou que trabalhava com óticas, ajudando a vender óculos aonde as redes tradicionais tinham dificuldade de chegar. 

Por coincidência, estava levando o maravilhoso exemplar da foto, a lupa de Tom Cruise que minha noiva gosta de chamar de "óculos T-1722 Mitonator" porque lembra os óculos usados pelos MAVs e Bots do Capitão nos perfis das redes. 

Bem, eu de fato comprei ele num stand de tiro e suprimentos para policiais e seguranças né. 

Acredito que não e o tipo de lugar que você encontraria um boné do MST, por exemplo, pelo menos não entre os produtos para venda.

Eu estava querendo terminar os afazeres e no bairro, tentar achar uma ótica ou relojoaria aonde o óculos pudesse ser desempenado, no fim do dia. 

No fim da corrida, mostrei o óculos ao motorista, e perguntei se tinham salvação.

Ele me pediu que lhe passasse.

Ofereci emprestar o uso de uma multi-tool que tinha comigo, por sinal comprada na mesma loja de suprimentos, mas ele disse que suas mãos bastavam.

Ele fez rapidamente o que poderia ser descrito como uma mini-sessão de RPG para armações empenadas, em cima da própria base do volante.

Me deu os óculos, consertados, e não me cobrou nada a mais por isso, além do valor da viagem que tinha feito.

Mais cedo, eu tinha planejado ir de ônibus, para economizar no transporte.

Teria tido que sair mais cedo, demorado mais, e talvez não achasse essa oportunidade.

A vida tem dessas coisas estranhas. 

Assim como este motorista, aprendemos várias habilidades, tentamos vários empreendimentos, para fazermos um dia as coisas darem certo para nós e quem gostamos.

Essa é nossa luta na correria de vida. 

Apesar dos percalços, vale a pena.

Agora eu sei porque, ainda assim, nós sorrimos.

Resenha: O Império do Ouro Vermelho

Este livro, do jornalista francês Jean Baptiste Mallet, acompanha a moderna indústria do tomate, centrada em três países: Estados Unidos, It...