segunda-feira, 30 de março de 2020

Resenha- Dois Papas



Assisti ontem esse maravilhoso filme. Ele não é feito para quem gosta de ação ou disputas de poder- mas para quem tem paciência e um espírito filosófico. Misturando realidade com um pouco de ficção, o filme é baseado na interação entre duas figuras com idéias bastante díspares do que significa liderar, cada um deles com suas convicções e contradições.
Antes de ver esse filme, eu não nutria grande simpatia pelo Papa Bento XVI, mas vendo a brilhante interpretação feita por Anthony Hopkins, pude o compreender melhor como ser humano- alguém com suas falhas e imperfeições, mas disposto a abrir espaço para alguém que pensa diferente dele porque sabe que essa pessoa trará mudanças que sua organização precisa.
Quanto ao Papa Francisco, interpretado de forma não menos brilhante por Jonathan Pryce, ver a versão mostrada no filme aumentou ainda mais meu respeito por ele- porque percebi nele uma pessoa que teve que tomar decisões dificeis para proteger aqueles que amava, e sentindo culpa pelos erros que cometeu, passou a buscar redenção por esses erros.
Fortemente recomendado para estes tempo de quarentena, mesmo para quem não é católico ou religioso.

sábado, 28 de março de 2020

Diário de Campanha

28/03/2020

Há duas semanas, eu nem sequer esperava que o mundo pudesse virar de pernas para o ar como está agora. Tinha achado que era apenas mais uma dessas novas doenças que surgem de 5 em 5 anos, geram um monte de repercussão na mídia, mas não atingem nenhum amigo ou parente próximo.

Quando a pestilência chegou aqui, eu demorei para aceitar a realidade. Menos de uma semana antes do vírus chegar ao Brasil, minha noiva veio me ver, prevendo que logo após, fechariam todas as estradas. O amor e o carinho que ela me deu me deram ânimo para aguentar estar sozinho durante esses tempos.

Tentei me manter tranquilo. Voltei a preparar comida em casa, para não ir a restaurantes e gastar menos dinheiro, e consegui fazer bons pratos em casa. Comer um feijão feito por mim mesmo é uma sensação que eu tinha esquecido e achei muito boa.

Passei a manter contato constante, na Internet, com parentes e amigos, para saber se eles estão bem, e para que elas saibam que estou bem. Porém, pude perceber também que as pessoas estão tão tensas, que estão brigando entre si nas redes sociais como forma de canalizar essa tensão.

Uma das primeiras baixas dessa pandemia foi a civilidade que as pessoas mantinham em relação aquelas com as quais tem pensamentos antagônicos. Eu próprio perdi um bom tempo nas redes sociais, que poderia ser melhor utilizado para realizar meus projetos pessoais, que não dependem de nenhum recurso especial além de foco e concentração da minha parte.

Na próxima semana, tentarei mudar essa situação. As pessoas estão desperdiçando tempo e energia com questões que não tem autoridade para resolver, e, portanto, estão fora da alçada delas. Vou tentar manter a serenidade, para futuramente, não cometer esse erro.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Redação UNEB 2020

Redação que conseguiu uma vaga no vestibular 2020 da UNEB, no Campus Santo Antônio de Jesus.


Responsabilidade Ecológica versus Responsabilidade Social

           A violência, a exclusão social e a degradação ambiental são marcas do capitalismo, que continuarão enquanto esse for o sistema econômico vigente no mundo. Na sociedade da busca do lucro, não existe espaço para a preocupação com o bem-estar nem a viabilidade da raça humana na Terra.
           Cientistas alegam que estamos numa nova era geológica denominada Antropoceno- a era dos seres humanos, aonde as alterações produzidas na natureza pelas nossas atividades econômicas são maiores do que qualquer fator natural previamente existente.
             Dentro desse contexto, apenas agora percebemos que a manutenção de um ambiente saudável para as outras espécies de seres vivos é algo necessário para nossa própria sobrevivência, e que existe um risco real de destruirmos nossa própria espécie se não cuidarmos da natureza.
              Devido a isso, é possível que o principal meio de fazer as pessoas e organizações despertarem para a questão ambiental seja o puro e simples apelo ao egoísmo e ao instinto de autoconservação- deixar bem claro que se a natureza morrer, nós e nossos entes queridos também morreremos.
            Além disso, é necessário educar as crianças desde cedo para que tenham uma noção de responsabilidade, tanto humana quanto ambiental, que as gerações anteriores não tiveram no passado. Dessa maneira, é possível que se consiga reverter a dilapidação dos recursos naturais, e manter a viabilidade da civilização para as gerações vindouras.
            Pode-se dizer, a partir desses fatos, que responsabilidade social e ambiental se tornaram uma só coisa- ajudar a raça humana a viver melhor é cuidar do meio ambiente, e cuidar do meio ambiente é cuidar das pessoas, num futuro em que além do lucro, a felicidade das pessoas também seja importante.

Resenha: O Império do Ouro Vermelho

Este livro, do jornalista francês Jean Baptiste Mallet, acompanha a moderna indústria do tomate, centrada em três países: Estados Unidos, It...